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Ribeirão diz que gastará R$ 66 mi que não estavam previstos
Cálculo é justificativa da administração para ter investido menos que em 2008
GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
O secretário da Fazenda de
Ribeirão Preto, Manoel Saraiva, disse ontem que a administração assumiu neste ano R$ 66
milhões em despesas não previstas no Orçamento elaborado
na gestão do ex-prefeito Welson Gasparini (PSDB).
O cálculo é o argumento da
prefeitura para justificar o investimento feito no primeiro
semestre, que só alcançou
17,02% do previsto para todo o
ano e é 37,5% menor que o valor investido no mesmo período do ano passado.
Os números constam do relatório de execução orçamentária publicado anteontem no
"Diário Oficial do Município".
O secretário apresentou ontem
à Folha uma lista com 12 itens
que, segundo ele, não estão
previstos no Orçamento e que
comprometem investimentos.
A relação elenca, entre os
gastos não projetados, o reajuste de 5,9% aos servidores, que
causará gastos extras, no ano,
de R$ 19,8 milhões, segundo
Saraiva, e repasse subestimado
ao Daerp (Departamento de
Água e Esgotos de Ribeirão
Preto). De acordo com ele, a
autarquia necessitará de R$ 30
milhões e o Orçamento prevê
R$ 24 milhões.
Saraiva afirmou que a prefeitura investe na arrecadação da
dívida ativa para amenizar o
déficit. "Mas R$ 60 milhões
não é possível cobrir só com a
arrecadação", disse.
O ex-secretário da Fazenda
Afonso Reis Duarte disse que
previu o reajuste. "Aumentamos em 17% a projeção de gastos com pessoal, já levando em
conta o reajuste e obrigações
patronais. O aumento com o
Daerp deve ter sido por causa
do novo contrato do lixo."
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