DA FOLHA RIBEIRÃO

Empresários da região habituados a destinar parte do Imposto de Renda de suas empresas -e deles próprios, como pessoas físicas- dizem ver na Lei Rouanet a chance de incentivar a cultura da região. O custo baixíssimo, por si só, já compensa o benefício, segundo eles.
Presidente do Banco Ribeirão Preto, Nelson Rocha Augusto, que há dez anos escolheu destinar parte de seu Imposto de Renda a projetos socioculturais do Cine Cauim, disse que os custos para os que querem incentivar atividades culturais são mínimos.
"Você calcula quanto vai pagar de imposto e doa. Custo mesmo só o dos três meses entre fazer isso [em dezembro] e fazer a declaração do imposto [em março]."
Para o empresário Maurilio Biagi Filho, a burocracia -ou "o trabalho de fazer"- ainda afasta as pessoas da Lei Rouanet. O incentivo, principalmente na região, porém, compensa, segundo ele. "Difícil é pedir, doar é uma maravilha", diz.
O empresário afirmou receber vários pedidos de incentivo cultural de escritórios de São Paulo, "com projetos muito bem elaborados", mas prefere destinar sua fatia do imposto a projetos instalados na região.
A burocracia, segundo Rocha Augusto, não pode ser usada como desculpa para aqueles que querem fazer o incentivo via Lei Rouanet. "É muito fácil. Se alguém achar difícil, é só vir no Banco Ribeirão Preto que a gente faz de graça", afirmou.
Para o banqueiro, empresários e pessoas físicas da região ainda utilizam pouco esse instrumento, principalmente quando se leva em consideração sua pujança econômica.
Diretor Comercial da Lupo, fabricante de meias de Araraquara, Valquírio Cabral Júnior diz que a empresa também é bastante procurada por idealizadores de projetos de todo o país, mas que a prioridade para sua parte destinada a incentivos via Lei Rouanet é para atividades da região.
Segundo ele, o incentivo cultural é também uma forma de fortalecer a imagem da empresa e aproximá-la dos clientes.


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