Ribeirão Preto, Terça-feira, 01 de Novembro de 2011

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Greve no HC, que soma 4 meses, continua

Médicos decidiram, em assembleia feita ontem, manter a paralisação

Categoria pede equiparação salarial com profissionais do Hospital Estadual de Ribeirão e da Mater

ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO

Em assembleia realizada na manhã de ontem, os médicos-assistentes do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto reafirmaram o compromisso de manter por tempo indeterminado a paralisação, que completou quatro meses no último sábado.
No início de outubro, o Hospital das Clínicas entrou com um agravo no Tribunal Regional do Trabalho para obrigar os médicos a retornarem ao trabalho, mas o pedido não foi concedido.
Segundo o diretor-adjunto regional do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo) Ulysses Strogoff de Matos, uma emenda de um projeto de lei, que propõe uma gratificação para médicos que atuam como preceptores de residentes, tramita na Assembleia Legislativa.
Caso seja aprovada, essa bonificação vai corresponder ao aumento salarial que motivou a greve. "Isso pode fazer com que os médicos retornem ao trabalho", diz Matos.
Os médicos, que recebem R$ 3.200 por 24 horas semanais, pedem a equiparação salarial com os médicos do Hospital Estadual e da Mater, cujo salário é de R$ 6.900 pelo mesmo período.
Por ordem de uma liminar judicial, os profissionais grevistas cumprem 50% dos atendimentos ambulatoriais e 70% das cirurgias.
Apesar disso, a paralisação tem atrasado cirurgias -só no setor de trauma, cerca de 500 pessoas aguardam na fila para passar pelos procedimentos- e tem provocado impacto na rede municipal.
Segundo o secretário da Saúde de Ribeirão, Stenio Miranda, pacientes oncológicos que não têm sido atendidos por conta da greve procuraram a rede municipal.
"Quando temos alternativa, recolocamos os pacientes, mas nem sempre temos serviços para atender", diz.


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