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Quatro crimes apresentam alta em Ribeirão em 2009
Homicídios, roubos e furtos e roubos de veículos têm alta no primeiro semestre
Na região, o número de assassinatos cresceu 38,7%, passando de 93, nos primeiros seis meses do ano passado, para 129
GEORGE ARAVANIS
ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO
Os números de quatro dos
cinco índices de violência urbana divulgados anteontem pela
Secretaria de Estado da Segurança Pública cresceram em
Ribeirão Preto no primeiro semestre de 2009, em relação ao
mesmo período do ano anterior, o que não acontecia pelo
menos desde 2007, quando o
Estado passou a divulgar os dados mês a mês.
Os seis primeiros meses deste ano tiveram crescimento no
índice de homicídios, por
exemplo, depois de uma série
de quedas. O ano atual teve aumento também no número de
roubos, furtos de veículos e
roubos de veículos.
Entre todos os crescimentos,
o de roubo de veículos -mediante ameaça- pode ser considerado uma explosão. Aumentou de 117, no ano passado,
para 201, total de 72%. Foi mais
recorrente até do que no primeiro semestre de 2007, quando 189 carros foram roubados.
Na região de Ribeirão, o número de homicídios cresceu
38,7%. O total de homicídios
nas 93 cidades sob responsabilidade do Deinter 3 (Departamento de Polícia Judiciária do
Interior) saltou de 93, nos primeiros seis meses do ano passado, para 129, entre janeiro e
junho deste ano.
Foi a primeira vez que o número de homicídios cresceu,
num primeiro semestre, desde
2005 -primeiro ano em que a
secretaria separou dados por
regiões do Estado. Naquele semestre, Ribeirão teve 163 assassinatos, número que caiu
18,4% no ano seguinte (133).
Para Sérgio Kodato, coordenador do Observatório da Violência e Práticas Exemplares da
USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão, os números podem revelar avanço do crime
organizado. "O homicídio está
muito ligado a outros crimes",
afirmou.
Segundo o professor, que é
doutor em psicologia social, depois da onda de ataques do PCC
(Primeiro Comando da Capital), a polícia se esforçou mais
para combater as organizações
criminosas, o que motivou a
queda na criminalidade. O aumento, segundo ele, pode indicar um início de esgotamento
da capacidade da polícia de reprimir o crime, que para ele está cada vez mais organizado.
Apesar do avanço nas taxas
de homicídio no primeiro semestre, Kodato disse crer que
os homicídios ainda estão em
índices aceitáveis. "Perto dos
números que já foram registrados há dez anos, está dentro do
limite do tolerável, até para padrões internacionais."
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