Ribeirão Preto, Domingo, 02 de Novembro de 2008

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Cana bate recorde de produção na região

IEA aponta 144,2 milhões de toneladas nesta safra contra 125 milhões em 2007

Aumento em relação à safra anterior é de 15%; total representa 37,21% da produção estimada pelo governo no Estado

MARCELO TOLEDO
DA FOLHA RIBEIRÃO

Numa região saturada em que a área cresceu 8,73% em relação à safra passada, a produção da cana-de-açúcar avançou 15,21% neste ano e bateu recorde histórico de produtividade.
A soma das produções das regiões administrativas de Ribeirão Preto, Franca, Central (São Carlos e Araraquara) e Barretos chega a 144,2 milhões de toneladas, contra 125 milhões da safra passada, segundo o IEA (Instituto de Economia Agrícola), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento.
Entre as quatro regiões administrativas, a maior produtora é Franca, com 43,7 milhões de toneladas previstas nesta safra, o que representa um acréscimo de 12,05% em relação à safra passada. O maior crescimento, no entanto, foi da região Central: 19,12% -passou de 25,1 milhões de toneladas para 29,9 milhões.
De acordo com Sérgio Torquato, pesquisador do IEA, as novas variedades de cana-de-açúcar também produzem mais que as anteriores, o que propicia maior produção numa mesma área.
"O ganho médio anual de produtividade é de 2%, na última década. E, quando há área nova, o primeiro corte tem produção bem mais elevada, com tonelagem mais alta", afirmou Sérgio Prado, diretor da Unica em Ribeirão Preto.
Prado disse ainda que o índice de novas áreas usadas para cana tem variado de 15% a 20% em cada safra. "Isso sempre propicia um acréscimo."
O total produzido pela região representa 37,21% da produção estimada pelo governo do Estado, de 387,5 milhões de toneladas -18,3% a mais que a safra do ano passado, de 327,7 milhões de toneladas.
"Não esperava uma produção tão alta por causa dos preços da cana, que estão baixos. Outro ponto que poderia atrapalhar é o preço dos fertilizantes e insumos, que estão altos", disse o pesquisador do IEA.
Para Maurilio Biagi Filho, presidente da Usina Moema, a cultura ainda conseguirá se desenvolver na região, por haver área para plantio e por causa do avanço da produtividade.
O levantamento do IEA foi feito em setembro.


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