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Cana bate recorde de produção na região
IEA aponta 144,2 milhões de toneladas nesta safra contra 125 milhões em 2007
Aumento em relação à safra anterior é de 15%; total representa 37,21% da produção estimada pelo governo no Estado
MARCELO TOLEDO
DA FOLHA RIBEIRÃO
Numa região saturada em
que a área cresceu 8,73% em relação à safra passada, a produção da cana-de-açúcar avançou
15,21% neste ano e bateu recorde histórico de produtividade.
A soma das produções das regiões administrativas de Ribeirão Preto, Franca, Central (São
Carlos e Araraquara) e Barretos chega a 144,2 milhões de toneladas, contra 125 milhões da
safra passada, segundo o IEA
(Instituto de Economia Agrícola), da Secretaria de Estado da
Agricultura e Abastecimento.
Entre as quatro regiões administrativas, a maior produtora é Franca, com 43,7 milhões
de toneladas previstas nesta safra, o que representa um acréscimo de 12,05% em relação à
safra passada. O maior crescimento, no entanto, foi da região
Central: 19,12% -passou de
25,1 milhões de toneladas para
29,9 milhões.
De acordo com Sérgio Torquato, pesquisador do IEA, as
novas variedades de cana-de-açúcar também produzem
mais que as anteriores, o que
propicia maior produção numa
mesma área.
"O ganho médio anual de
produtividade é de 2%, na última década. E, quando há área
nova, o primeiro corte tem produção bem mais elevada, com
tonelagem mais alta", afirmou
Sérgio Prado, diretor da Unica
em Ribeirão Preto.
Prado disse ainda que o índice de novas áreas usadas para
cana tem variado de 15% a 20%
em cada safra. "Isso sempre
propicia um acréscimo."
O total produzido pela região
representa 37,21% da produção
estimada pelo governo do Estado, de 387,5 milhões de toneladas -18,3% a mais que a safra
do ano passado, de 327,7 milhões de toneladas.
"Não esperava uma produção
tão alta por causa dos preços da
cana, que estão baixos. Outro
ponto que poderia atrapalhar é
o preço dos fertilizantes e insumos, que estão altos", disse o
pesquisador do IEA.
Para Maurilio Biagi Filho,
presidente da Usina Moema, a
cultura ainda conseguirá se desenvolver na região, por haver
área para plantio e por causa do
avanço da produtividade.
O levantamento do IEA foi
feito em setembro.
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