|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
foco
Obra prometida há 3 anos, CDP de Franca ainda não saiu da terraplanagem
Gina Mardones/"Comércio da Franca"
|
|
O topógrafo Eduardo Correia Guimarães fotografa o terreno onde será erguido o CDP de Franca
DA FOLHA RIBEIRÃO
Apontado como a única solução para a superlotação da
cadeia pública de Franca, o
CDP (Centro de Detenção
Provisória) de Franca, debatido há pelo menos três anos,
ainda está no chão. Ou melhor, na terra.
Programada para ter um
ano de duração, a obra, que
começou em outubro, ainda
está em fase de terraplanagem e medição. Enquanto isso, 437 presos se amontoam
na cadeia que foi construída
para abrigar 216.
"Ainda por cima temos
duas celas que foram desativadas depois da última rebelião. Cadeia cheia é sempre
tenso. Quem trabalha aqui sabe", disse um carcereiro.
A construção do CDP começou com uma promessa do
então governador Geraldo
Alckmin (PSDB), em 2005.
Mas foi no início de 2006 que
o projeto ganhou força, quando o promotor Joaquim Rodrigues de Rezende solicitou
a interdição da cadeia.
De lá para cá, entraves com
licenças ambientais e questões burocráticas atrasaram o
início da obra. Foi necessário
mudar a lei para que a obra
pudesse sair do papel, o que
levou ainda mais tempo.
A licença ambiental do Estado só foi concedida em abril
deste ano, dando início ao
processo licitatório, que também levou mais tempo que o
normal, já que a empresa vencedora, a Construtora Beter,
desistiu do projeto, alegando
que o aumento do preço dos
materiais de construção inviabilizava a obra.
O nome da empresa vencedora, a Consladel Construtora e Laços Detetores e Eletrônica, foi divulgada só no fim de outubro deste ano.
Das novas unidades previstas para a região, a penitenciária feminina de Guariba é a
única que já teve licitação
aberta. As de Jardinópolis e
Taiúva, que ainda passam por
fase de seleção de local, são
consideradas apenas intenções pelo Estado.
Texto Anterior: Novo CDP superlota e não esvazia cadeias Próximo Texto: Crise carcerária Índice
|