Ribeirão Preto, Terça-feira, 02 de Dezembro de 2008

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Obra prometida há 3 anos, CDP de Franca ainda não saiu da terraplanagem

Gina Mardones/"Comércio da Franca"
O topógrafo Eduardo Correia Guimarães fotografa o terreno onde será erguido o CDP de Franca

DA FOLHA RIBEIRÃO

Apontado como a única solução para a superlotação da cadeia pública de Franca, o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Franca, debatido há pelo menos três anos, ainda está no chão. Ou melhor, na terra.
Programada para ter um ano de duração, a obra, que começou em outubro, ainda está em fase de terraplanagem e medição. Enquanto isso, 437 presos se amontoam na cadeia que foi construída para abrigar 216.
"Ainda por cima temos duas celas que foram desativadas depois da última rebelião. Cadeia cheia é sempre tenso. Quem trabalha aqui sabe", disse um carcereiro.
A construção do CDP começou com uma promessa do então governador Geraldo Alckmin (PSDB), em 2005. Mas foi no início de 2006 que o projeto ganhou força, quando o promotor Joaquim Rodrigues de Rezende solicitou a interdição da cadeia.
De lá para cá, entraves com licenças ambientais e questões burocráticas atrasaram o início da obra. Foi necessário mudar a lei para que a obra pudesse sair do papel, o que levou ainda mais tempo.
A licença ambiental do Estado só foi concedida em abril deste ano, dando início ao processo licitatório, que também levou mais tempo que o normal, já que a empresa vencedora, a Construtora Beter, desistiu do projeto, alegando que o aumento do preço dos materiais de construção inviabilizava a obra.
O nome da empresa vencedora, a Consladel Construtora e Laços Detetores e Eletrônica, foi divulgada só no fim de outubro deste ano.
Das novas unidades previstas para a região, a penitenciária feminina de Guariba é a única que já teve licitação aberta. As de Jardinópolis e Taiúva, que ainda passam por fase de seleção de local, são consideradas apenas intenções pelo Estado.


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