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PATRIMÔNIO
TJ manda Estado e prefeitura recuperar casarão na Caramuru
LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
O Tribunal de Justiça de
SP fixou prazo de 180 dias
para que a Prefeitura de Ribeirão Preto e o governo do
Estado apresentem projeto
de reconstrução, reconstituição, recuperação e restauração da Casa da Rua Caramuru.
O imóvel, de valor histórico, artístico e arquitetônico
construído na época de ouro
do café, foi tombado pelo
Condephaat (Conselho de
Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico
e Turístico) em 1988.
Localizado em uma das
principais vias da cidade, o
prédio está em ruínas e corre
risco de desabamento. O Estado e o município têm prazo
de dois anos para que o projeto seja concluído a partir da
aprovação da reforma. Caso
o projeto não seja apresentado ao Condephaat, os dois
governos terão de pagar R$
1.000 de multa por dia.
Para o Conppac (Conselho
de Preservação do Patrimônio Cultural do Município), a
decisão, inédita na cidade,
abre precedentes para outros imóveis. "A decisão nos
enche de esperança. Podemos pleitear reformas em
outros casarões tombados",
disse Gilberto Pinhata, que
preside o conselho.
Na decisão, o desembargador Sérgio Gomes, relator do
processo, considerou que,
quando o poder público tomba um imóvel, fica responsável pela conservação, o que
não ocorreu. Segundo Marcos Spínola de Castro, secretário do Planejamento e Gestão Pública, a prefeitura já estuda o projeto. "Estamos
negociando um acordo com
o Estado. A princípio, a melhor saída seria que o prédio
fosse desapropriado, pois há
dívidas sobre o imóvel."
"Esse descaso com o prédio é umas das maiores vergonhas de Ribeirão. Entrei
com essa ação em 1999, e o
prédio está desmanchando",
disse o promotor Marcelo
Goulart. A Folha tentou,
sem sucesso, ouvir os proprietários do imóvel.
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