A Câmara de Ribeirão aprovou anteontem projeto de lei complementar que autoriza a Prefeitura de Ribeirão a contratar PPPs (Parcerias Público-Privadas) para realizar obras e serviços públicos. O texto foi classificado como "o mais importante da legislatura", pelo vereador André Luiz da Silva (PC do B). Inicialmente, a intenção do Executivo é a construção de um centro administrativo, que abrigará a maioria das secretarias municipais. Mas o secretário municipal da Administração, Marco Antonio dos Santos, afirmou que poderão ser desenhadas PPPs inclusive para a Saúde, área sensível do governo Dárcy Vera (DEM).

Oscip. A contratação emergencial de médicos é outra ação agora possível, já que os vereadores aprovaram também a realização de convênios com Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público).

Janela. "Não vejo isso acontecendo agora, mas [contratar médicos] é uma possibilidade", disse o secretário Santos.

Médicos. Em assembleia, os médicos da rede pública de Ribeirão decidiram trocar a paralisação de dois dias da semana por uma operação-padrão todos os dias até 23 de junho. Eles prometem demorar 15 minutos para atender cada paciente, independentemente do tamanho da fila de espera.

Sem greve. Com presença de cerca de 120 médicos, a assembleia durou quase três horas e foi tumultuada. A proposta de decretar greve foi apoiada por 32 profissionais, o que gerou protestos.

Sem extras. A categoria ainda manteve a suspensão das horas extras a partir de 15 de junho e decidiu não permitir encaixe nas consultas agendadas nos postos de saúde, exceto em casos de urgência e emergência.

Redução. O secretário da Saúde, Stênio Miranda, afirmou que estuda alternativas para lidar com a suspensão das horas extras pelos médicos. Entre as opções está a redução de cinco para dois locais de pronto-atendimento (unidades básicas).

Campanha. Os médicos de Ribeirão reivindicam reajuste imediato de R$ 2.000 no salário-base e outros R$ 2.000 em abril de 2011.

Concurso. A prefeitura também deve abrir ainda neste mês um concurso público para contratar 35 médicos. Segundo Miranda, hoje a rede municipal depende dos plantões com 56 horas extras por semana na clínica geral e 38 horas na pediatria.

Com ARARIPE CASTILHO e HÉLIA ARAUJO

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