DA FOLHA RIBEIRÃO

Para abrandar o movimento de migração de capital dos fundos de investimento para a caderneta de poupança, alguns bancos tomaram atitudes arrojadas. Um exemplo local é o BRP (Banco Ribeirão Preto), que lançou na última semana o primeiro fundo indexado no rendimento da poupança que se tem conhecimento.
O LCI-Poup (Letra de Crédito Imobiliário-Poupança) garante um rendimento 5% maior do que o da poupança, contanto que o investidor não movimente a conta por seis meses. Se a estabilidade for de 12 meses, o banco garante 10% a mais que a caderneta.
"Por não ter cobrança de imposto de renda, é mais rentável que fundos de renda fixa. Por outro lado, garante rentabilidade maior que a da poupança", disse o presidente do BRP, Nelson Rocha Augusto.
O produto é para investimentos acima de R$ 50 mil e é voltado para quem não precisa de liquidez imediata.
O Banco do Brasil, por sua vez, também manobrou para não ver todo o investimento migrar para a poupança e baixou a taxa de administração de 15 de seus fundos de investimentos. "Com o juro baixo, os fundos, de fato, perderam espaço e, por isso, fomos radicais", disse Carlos Henrique de Resende, gerente de planejamento da rede em São Paulo.
A CEF (Caixa Econômica Federal) tomou rumo contrário ao dos concorrentes e decidiu voltar o foco para a poupança.
Detentora de 35% do saldo em cadernetas de poupança do país e com alta de 19,67% desde o início do ano, o banco espera por mais adeptos.
"Não vimos a necessidade pelo fato de a maior parte dos aportes em poupança ser em pequenas quantias", afirmou Sidney Petek, gerente regional de atendimento à pessoa física.


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