Ribeirão Preto, Quinta-feira, 03 de Setembro de 2009

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Gripe suína provoca a 10ª morte na região de Ribeirão

Mais nova vítima morreu em Itápolis na última segunda; era um caso atípico

Três dos dez casos eram de pessoas saudáveis, sem fatores de risco; médicos não sabem explicar as causas dessa anomalia


LIGIA SOTRATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Após ser internada duas vezes, Márcia Maria Gomes, 36, de Itápolis morreu na última segunda-feira. O diagnóstico: gripe suína. O caso é o décimo da região, que registrou mortes em São Carlos, Ibitinga, Buritizal, Ribeirão Preto, Américo Brasiliense e Pitangueiras.
A nova vítima chama atenção por ter sido um caso atípico. "Ela tinha amigdalite, ou seja, dor de garganta e febre. Não tinha outros sintomas comuns da influenza H1N1 e era uma pessoa saudável", afirmou a secretária da Saúde de Itápolis, Lucilene Denise Daniel.
A vítima procurou atendimento em 10 de agosto, com infecção de garganta e febre. Três dias depois ela melhorou, teve alta e voltou para casa. No dia 15, procurou o hospital, com quadro de pneumonia. O problema se agravou e ela foi encaminhada para a UTI. Morreu na última segunda.
Das dez mortes da região, três pessoas, aparentemente, eram saudáveis. Diogo Alexandre de Freitas, 18, de Américo Brasiliense, morreu no último dia 23 e, segundo a família, não tinha problemas de saúde.
A nona vítima, Maria Tereza Ferreira Godinho, 46, também não tinha nenhum problema que pudesse enquadrá-la em grupos de risco. Moradora de Pitangueiras, ela foi atendida em Bebedouro e morreu na dia 22 de agosto. O 10º caso também não tinha fatores de risco.
Segundo o infectologista e supervisor médico do HC-UE, Fábio Fernandes Neves, ainda não se sabe por que a nova doença tem sido grave em adultos e jovens saudáveis. "Isso não é usual. Uma gripe comum, por exemplo, causa sintomas leves em uma pessoa saudável. No entanto, por se tratar de um vírus novo, não é possível saber a reação de cada organismo."
Em Ribeirão Preto, 293 pessoas foram notificadas com suspeita da doença desde maio. Desse total, 94 tiveram resultado positivo para o vírus H1N1. A cidade teve três mortes e, ontem, uma morte em investigação foi descartada.


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