Ribeirão Preto, Domingo, 03 de Outubro de 2010

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Exceções, voluntários atuam como mesários em Ribeirão há 20 anos

DE RIBEIRÃO PRETO

Foi o convite -o apelo, na verdade- de uma amiga do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) que colocou a eleição para sempre no calendário da advogada e professora de português na rede estadual Roselaine Nascimento Mundim, 43, de Ribeirão Preto.
Roselaine é uma das poucas que aceitam ser mesários de forma voluntária.
Para servir o país ou por pura obrigação, 5.810 pessoas serão mesários hoje em Ribeirão -a Justiça convocou cerca de 80%.
A advogada foge à regra. Ela é mesária voluntária desde 1992. "Minha amiga me convidou na época porque eles não estavam encontrando pessoas para trabalhar."
Desde então, Roselaine aplica seu jeito conciliador para controlar ânimos exaltados ou espertinhos.
"Antigamente já teve candidato que queria distribuir lanchinho ou entrar junto com a pessoa para votar."
Na época em que o voto era de papel, Roselaine se lembra dos "protestos" de eleitores, como quando encontrou ao abrir a urna fezes ou dizeres na cédula: "Não serve nenhum. Pode ser eu."
O professor Antônio Carlos Domingues, 51, é mesário desde 1988. No começo, trabalhou porque era convocado, mas nas últimas três eleições foi por vontade própria.
Além de servir ao próximo, uma das vantagens, para ele, é que, por ser servidor público, ganha dois dias de folga.
"É um pequeno gesto para ajudar a termos um país melhor", disse. (JULIANA COISSI)


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