|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
foco
Fundada há 43 anos por um japonês, loja dos Campos Elíseos aposta na tradição
DA FOLHA RIBEIRÃO
Muitos dos comércios familiares que ainda resistem
em Ribeirão foram fundados
por migrantes que buscaram
melhores condições de vida
na cidade e, hoje, são gerenciados por herdeiros.
Um dos exemplos é a Casa
Fukayama, na avenida da
Saudade, no Campos Elíseos. A loja foi aberta há 43
anos pelo japonês Fukayama
Yoshinobu, que veio de Itajubá (MG) em 1966.
Ele escolheu a avenida onde construiria seu comércio
porque o local já era movimentado. Ali, o imigrante
vislumbrou que teria sucesso ao transferir a loja que já
possuía em Itajubá.
Ele começou a construir o
prédio, enquanto mantinha
a loja na cidade mineira.
"Era uma época que havia
confiança, existia palavra.
Então, os amigos tomavam
conta da construção", disse
Taeko Nakau Fukayama, 58,
nora de Yoshinobu.
Ele decidiu transferir a loja porque viu que em Ribeirão haveria mais chances de
o comércio crescer. A aposta
deu resultado e, em pouco
tempo, o local fornecia brinquedos, materiais de papelaria e armarinho para outras
lojas da região. "Vendia muita coisa no atacado, antes da
chegada de lojas do Carrefour e Makro", disse Taeko.
O fundador do comércio
morreu em 1994, aos 90
anos. Hoje, a loja é dirigida
por dois filhos, um deles marido de Taeko.
Atualmente, para sobreviver à concorrência, ela afirma que "honestidade e preço" são os diferenciais. Além
disso, a proximidade com as
pessoas é citada como um
dos pilares do negócio.
Texto Anterior: Lojas de bairro precisam se profissionalizar, diz professor Próximo Texto: Colina: Homem faz ex-mulher refém por 6 horas Índice
|