Ribeirão Preto, Terça-feira, 04 de Agosto de 2009

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Estradas da região "perdem" 263 mil veículos neste ano

Crise mundial é apontada como motivo da queda de movimento nas rodovias

LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

Os mais de mil quilômetros de rodovias que formam a região de Ribeirão Preto "perderam" 263 mil veículos em seis meses.
Levantamento obtido pela Folha mostra que, no primeiro semestre de 2009, 25,9 milhões de veículos circularam pela região -o número é contabilizado pela movimentação das praças de pedágio. No mesmo período de 2008, foram 26,2 milhões de veículos.
Os dados são das quatro concessionárias responsáveis pelas rodovias da região: Autovias, Vianorte, Triângulo do Sol e Tebe. A diferença mostra uma queda de 1%, apesar do crescimento de 6,5% da frota das dez maiores cidades da região no período -passou de 932.519 para 993.201 veículos.
A maior queda foi registrada nas estradas administradas pela Triângulo do Sol, que "perderam" 223.689 veículos neste ano, uma diferença de 2,86% em relação a 2008.
A crise mundial é a grande resposta para essa perda de movimento nas estradas, segundo profissionais que dirigem ou analisam o setor.
"Há uma relação clara entre a crise mundial e a queda no total de veículos rodando nas rodovias. Principalmente uma região como a de Ribeirão Preto, que depende muito de setores da economia que sofreram com a crise", disse Ariadne Vitoriano, analista da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias), que cita a cana e a citricultura como exemplos. "Com a crise, há menos caminhões rodando", disse.
"No trecho sob concessão da Triângulo do Sol, os veículos comerciais de maior representatividade transportam combustíveis, carne, laranja e cana-de-açúcar, setores afetados pela crise econômica", diz a Triângulo do Sol, em nota.
No entanto, não é apenas a indústria que afeta o tráfego das rodovias. Segundo Ariadne, a renda familiar também pode ter colaborado para a queda de veículos nas rodovias. "No caso de veículos leves, há realmente uma relação com a renda. Com uma renda menor, as pessoas viajam menos de carro", disse.
Para Roberto de Barros Calixto, diretor da Autovias e Vianorte, que pertencem ao mesmo grupo, é preciso levar em conta que 2008 registrou um grande crescimento no tráfego. "2008 foi um ano com crescimento alto, fora do comum. Por isso a comparação com 2009 acaba sendo distorcida."
Ele admite que a queda no número de caminhões rodando nas estradas é visível, mas não é algo preocupante. "Neste semestre é bem provável que haja uma recuperação."


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