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Sem luva e descalço, operário é flagrado na coleta do lixo
Prefeitura de Serrana abre investigação sobre deficiências no serviço de lixo, prestado por empresa da Leão Leão
No último final de semana, empresa cooptou mão de obra emergencial para a coleta do lixo, que se acumulava nas ruas
DA FOLHA RIBEIRÃO
Trabalhadores descalços,
sem luvas nem equipamentos
de proteção, foram flagrados
em Serrana, na madrugada de
anteontem, fazendo a coleta de
lixo pelo qual a prefeitura paga
R$ 149 por tonelada à Luma
Limpeza Urbana e Meio Ambiente Ltda, empresa ligada ao
grupo Leão Leão.
Segundo o vereador Denis
Donizeti da Silva (DEM), a coleta de lixo na cidade estava
sendo executada de forma precária em dezembro. A situação
se agravou nos últimos dias do
ano, entre o Natal e o Réveillon,
de acordo com o vereador.
O secretário de Administração e Finanças, José Carlos
Nascimento, disse que o recolhimento do lixo foi pedido pelo
prefeito Nelson Garavazzo
(PT) à Luma às 22h do último
sábado, após ele constatar que
havia lixo acumulado nas ruas.
Segundo Nascimento, a empresa estava com seus dois caminhões indisponíveis, e a prefeitura cedeu dois veículos para
o serviço. A mão de obra ficou à
cargo da prestadora de serviços. O problema, segundo o
presidente da Câmara, Thiago
Henrique de Assis (PSL), é que
os trabalhadores foram cooptados pelas ruas da cidade e fizeram o serviço de forma precária, sem uso de uniformes ou
equipamentos de segurança.
Além disso, afirmou Assis, a
prefeitura não deveria executar
um trabalho pela qual paga regularmente a empresa.
A Câmara convocou os responsáveis na administração pela coleta em Serrana para ouvir
explicações e deve pedir a abertura de uma comissão para investigar a questão, disse Assis.
Ontem, o prefeito de Serrana
instaurou um processo administrativo para apurar deficiências no serviço de lixo.
Por meio de sua assessoria, a
Luma informou que a situação
foi anormal, o que levou a coleta emergencial a ser feita por
uma empresa terceirizada.
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