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A polícia informou ontem ter encontrado a segunda arma (outro revólver calibre 38) dentro da nova cadeia de Ribeirão Preto em menos de 24 horas.
A arma foi encontrada durante as negociações com os presos. Ela estava debaixo de um colchão, num dos corredores de acesso aos pavilhões da cadeia.
Segundo o capitão da PM Nelson Lopes, a arma estava com três balas deflagradas. De acordo com os presos, o revólver 38 foi colocado pela polícia. "Aqui dentro ninguém mexe com arma. Eles (a polícia) colocaram isso aqui", disse à Folha o detento Ricardo Roger dos Santos.
No tumulto de anteontem, a polícia já havia apresentado um revólver que, segundo a direção da cadeia, foi achado dentro do prédio.
Na rebelião de ontem, dois presos saíram feridos com tiros (um na cabeça, outro na perna). Mas o delegado-seccional José Manoel de Oliveira diz que eles devem ter sido feridos por tiros de policiais.
"Isso, no entanto, vai ser apurado em inquérito", afirmou.
O promotor Djalma Marinho Cunha Filho disse que o problema de entrada de armas já existia na cadeia de Vila Branca, a mais antiga de Ribeirão.

Reivindicações
Uma das exigências dos presos, após as duas rebeliões, é a saída do diretor da cadeia, Marcelo Velludo Garcia de Lima.
De acordo com os detentos, o diretor é muito rigoroso e não deixa, entre outras coisas, os presos tomarem banho de sol.
"Os detentos vêm de outras cadeias do Estado e estavam acostumados a privilégios. Aqui, eu apenas estou cumprindo as normas", disse o diretor.
Os presos também reclamam que Lima não teria tempo para a cadeia, pois dá aulas durante o expediente numa universidade e na Academia de Polícia.
O diretor nega. "Isso é um absurdo. Trabalho aqui das 8h às 18h. Ministro aulas (em universidade) à noite. Eventualmente dou aulas na academia", afirmou anteontem à Folha.


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