Ribeirão Preto, Sexta-feira, 05 de Fevereiro de 2010 |
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Jaboticabal usa velório para atender suspeitos de dengue
Antigo espaço foi adaptado por causa da alta na epidemia, que já tem 399 casos em 2010
ADEMIR TERRADAS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO Para tentar dar conta de atender as vítimas da epidemia de dengue, a Prefeitura de Jaboticabal colocará em funcionamento, a partir de hoje, um ambulatório especializado num antigo velório da cidade. A doença já atingiu 399 pessoas neste ano, ante as 90 de todo o ano passado. Até ontem, os pacientes com suspeita de dengue, ou em tratamento da doença, estavam sendo atendidos em um ginásio de esportes, também de forma improvisada. A mudança para o antigo velório se deve ao fato de o local apresentar estrutura física melhor. "O sistema de saúde estava saturado. Tivemos de concentrar os pacientes em um único lugar", afirmou o secretário da Saúde de Jaboticabal, José Donizeti Thomazini. Ruas e casas dos bairros mais afetados serão nebulizadas. Danilo Fernando Ruas, 28, é um dos suspeitos da doença. Ontem ele foi ao ambulatório do ginásio colher sangue para o exame. "Senti fortes dores no corpo, tive febre e dor de estômago. Como estive gripado há poucos dias, percebi logo que não se tratava de gripe. Fui ao pronto-atendimento e me encaminharam para cá [ambulatório]", afirmou. A situação da cidade, no entanto, não é única na região. Depois de "explodir" em Ribeirão Preto, que ontem à tarde atingiu 738 casos confirmados da doença, a dengue se espalhou e a situação já é tratada como epidêmica também em Jardinópolis e Rincão -ambas, em pouco mais de um mês, já ultrapassaram o total de casos de todo o ano passado. Em Jardinópolis, com 37.471 habitantes, foram confirmados até a manhã de ontem 189 casos, ante 130 em 2009. A secretária da Saúde, Mara Lilian Ditadi, pediu ajuda ao Estado para conter o avanço da doença. Desde 4 de janeiro, três equipes da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) trabalham na nebulização de ruas e casas, na tentativa de diminuir o total de casos. "Percebemos quedas na transmissão em bairros como a Vila Paulista, onde houve 160 casos de novembro a dezembro e dois, em janeiro", afirmou a secretária. A estratégia na cidade é combinar as visitas dos agentes com a nebulização costal -feita no interior das casas. "Primeiro eliminamos os criadouros, depois a Sucen faz o trabalho de pulverização, em uma espécie de arrastão", disse. Em Rincão, o total de casos passou de 21, no ano passado, para 36, em 2010. Além delas, outras cidades da região já têm situação preocupante: em Itápolis, que possui 40.411 habitantes, o número de casos chega a 46 em 2010, ante as 162 confirmações do ano passado e, em Bebedouro, a contaminação de 2010 superou nesta semana o índice do ano passado. Com a confirmação de dois novos casos, o total do ano chegou a oito em Bebedouro -foram seis em 2009. Próximo Texto: Com 15 escolas em obras, Ribeirão retoma as aulas Índice |
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