Ribeirão Preto, Sexta-feira, 05 de Fevereiro de 2010

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Com 15 escolas em obras, Ribeirão retoma as aulas

Para presidente de conselho, fato revela uma política equivocada da prefeitura

Pacote de reformas prevê gasto de R$ 1,7 milhão; Secretaria da Educação diz que não há prejuízo aos estudantes das unidades

DA FOLHA RIBEIRÃO

O período de férias não foi suficiente para a conclusão de reformas em 15 escolas municipais de Ribeirão Preto e ontem as unidades reiniciaram o ano letivo ainda em obras. De acordo com a Secretaria da Educação, as obras nas 15 unidades de ensino consumirão R$ 1,7 milhão e serão concluídas "nos próximos meses".
Apesar da presença dos funcionários que trabalham para concluir as obras, as aulas não estão sendo prejudicadas, segundo alunos ouvidos pela Folha na escola Dom Luiz do Amaral Mousinho, no Campos Elíseos, e na Elisa Duboc Garcia, no Jardim João Rossi.
Mesmo sem prejuízo aos alunos, como já ocorreu em obras anteriores, o presidente do Conselho Municipal de Educação, José Marcelino Rezende Pinto, disse que as reformas revelam uma política administrativa equivocada da Secretaria da Educação de Ribeirão.
"As escolas deveriam ter mais autonomia financeira, para poderem fazer essas reformas ao longo do ano, de forma sistemática", disse Pinto.
De acordo com a secretária da Educação de Ribeirão, Maria Débora Vendramini Durlo, as reformas foram planejadas para não prejudicar os alunos. Ela afirma que as obras não comprometerão o processo pedagógico das escolas.
Na Dom Luiz do Amaral Mousinho, a reforma nas salas de aula já foi concluída. As obras continuam em uma quadra, telhados e parte de um dos pátios. Segundo um pedreiro que trabalhava no local ontem, a previsão é de que as obras de construção civil fiquem prontas na próxima semana. Já o acabamento e itens como fiação elétrica ainda devem prosseguir para além desse período, disse o pedreiro.
Alunos ouvidos pela reportagem afirmaram que as obras não atrapalharam o retorno às aulas. A aula de educação física, segundo os estudantes, foi transferida para outra quadra e ocorreu normalmente.
Para a estudante do terceiro ano do ensino médio Jéssica Robles, 18, o início do ano letivo, mesmo com a escola ainda em reforma, foi mais organizado do que em 2009.
A Dom Luiz do Amaral Mousinho recebeu R$ 850 mil em recursos para a correção de erros na reforma de R$ 4,43 milhões feita na gestão do ex-prefeito Welson Gasparini (PSDB) e entregue em 2007.
Na escola Elisa Duboc Garcia, por causa da reforma, a porta de entrada da unidade foi alterada. Os alunos estão saindo e entrando pelo acesso dos professores. O motivo é a colocação de uma cobertura que protegerá os estudantes do sol.
"Creio que em poucos dias estará pronto, só falta colocar a cobertura metálica", disse a diretora da escola Claudinea Nogueira Lima Custódio.
"Se vai melhorar a saída deles [alunos] tudo bem, desde que não coloque a segurança deles em risco", disse Zilda Maria Oliveira, 35, mãe de Vinícius, 7, aluno do terceiro ano.


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