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Com 15 escolas em obras, Ribeirão retoma as aulas
Para presidente de conselho, fato revela uma política equivocada da prefeitura
Pacote de reformas prevê gasto de R$ 1,7 milhão; Secretaria da Educação diz
que não há prejuízo aos estudantes das unidades
DA FOLHA RIBEIRÃO
O período de férias não foi
suficiente para a conclusão de
reformas em 15 escolas municipais de Ribeirão Preto e ontem
as unidades reiniciaram o ano
letivo ainda em obras. De acordo com a Secretaria da Educação, as obras nas 15 unidades de
ensino consumirão R$ 1,7 milhão e serão concluídas "nos
próximos meses".
Apesar da presença dos funcionários que trabalham para
concluir as obras, as aulas não
estão sendo prejudicadas, segundo alunos ouvidos pela Folha na escola Dom Luiz do
Amaral Mousinho, no Campos
Elíseos, e na Elisa Duboc Garcia, no Jardim João Rossi.
Mesmo sem prejuízo aos alunos, como já ocorreu em obras
anteriores, o presidente do
Conselho Municipal de Educação, José Marcelino Rezende
Pinto, disse que as reformas revelam uma política administrativa equivocada da Secretaria
da Educação de Ribeirão.
"As escolas deveriam ter
mais autonomia financeira, para poderem fazer essas reformas ao longo do ano, de forma
sistemática", disse Pinto.
De acordo com a secretária
da Educação de Ribeirão, Maria
Débora Vendramini Durlo, as
reformas foram planejadas para não prejudicar os alunos. Ela
afirma que as obras não comprometerão o processo pedagógico das escolas.
Na Dom Luiz do Amaral
Mousinho, a reforma nas salas
de aula já foi concluída. As
obras continuam em uma quadra, telhados e parte de um dos
pátios. Segundo um pedreiro
que trabalhava no local ontem,
a previsão é de que as obras de
construção civil fiquem prontas na próxima semana. Já o
acabamento e itens como fiação elétrica ainda devem prosseguir para além desse período,
disse o pedreiro.
Alunos ouvidos pela reportagem afirmaram que as obras
não atrapalharam o retorno às
aulas. A aula de educação física,
segundo os estudantes, foi
transferida para outra quadra e
ocorreu normalmente.
Para a estudante do terceiro
ano do ensino médio Jéssica
Robles, 18, o início do ano letivo, mesmo com a escola ainda
em reforma, foi mais organizado do que em 2009.
A Dom Luiz do Amaral Mousinho recebeu R$ 850 mil em
recursos para a correção de erros na reforma de R$ 4,43 milhões feita na gestão do ex-prefeito Welson Gasparini (PSDB)
e entregue em 2007.
Na escola Elisa Duboc Garcia, por causa da reforma, a
porta de entrada da unidade foi
alterada. Os alunos estão saindo e entrando pelo acesso dos
professores. O motivo é a colocação de uma cobertura que
protegerá os estudantes do sol.
"Creio que em poucos dias
estará pronto, só falta colocar a
cobertura metálica", disse a diretora da escola Claudinea Nogueira Lima Custódio.
"Se vai melhorar a saída deles [alunos] tudo bem, desde
que não coloque a segurança
deles em risco", disse Zilda Maria Oliveira, 35, mãe de Vinícius, 7, aluno do terceiro ano.
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