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Pesquisa mostra que hantavirose é mais letal na região de Ribeirão Preto
BRUNA SANIELE
DA FOLHA RIBEIRÃO
Pesquisa da Rede de Diversidade Genética de Vírus, ligada à
Fapesp (Fundação de Amparo
à Pesquisa do Estado de São
Paulo), aponta que o vírus Araraquara, transmissor da hantavirose e comum na região de
Ribeirão Preto, é mais letal que
outros existentes no país.
A variedade, encontrada nos
Estados de São Paulo, Minas
Gerais, Goiás e no Distrito Federal, mata 44,5% dos infectadas, mais que o tipo Araucária,
com letalidade de 32%.
De 1993 a fevereiro deste
ano, foram registrados 134 casos em São Paulo. A região de
Ribeirão concentra a maior
parte: em 2007, foram registrados 47,61% dos 21 e, no ano passado, o índice foi de 43,75%.
Em 2009, o único caso do Estado foi em Sertãozinho.
A doença é transmitida ao
homem por meio do contato
com fezes de ratos silvestres.
Ainda não foi registrado nenhum caso de transmissão entre humanos no país.
Segundo Paolo Zanotto, virologista e diretor da Rede de Diversidade Genética de Vírus,
um caso de transmissão entre
humanos foi verificado na Argentina. "Nós estamos monitorando uma zoonose antes de
ela se tornar um problema humano sério. É o que deveria ser
feito, por exemplo, com o HIV,
que começou como uma zoonese transmitida apenas entre
chipanzés e hoje se alastrou pelo mundo e atinge cerca de 40
milhões de pessoas."
Segundo ele, a doença pode
se tornar um problema de saúde pública devido à expansão
urbana e agrícola. A pesquisa,
iniciada em 2000, analisou
uma área de 2.500 m2 de vegetação. Para o estudo, foram feitas análises sorológicas de
amostras do vírus em humanos
e roedores no Instituto Adolfo
Lutz, em SP, e na Faculdade de
Medicina da USP de Ribeirão.
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