Ribeirão Preto, Terça-feira, 05 de Maio de 2009

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Pesquisa mostra que hantavirose é mais letal na região de Ribeirão Preto

BRUNA SANIELE
DA FOLHA RIBEIRÃO

Pesquisa da Rede de Diversidade Genética de Vírus, ligada à Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), aponta que o vírus Araraquara, transmissor da hantavirose e comum na região de Ribeirão Preto, é mais letal que outros existentes no país.
A variedade, encontrada nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal, mata 44,5% dos infectadas, mais que o tipo Araucária, com letalidade de 32%.
De 1993 a fevereiro deste ano, foram registrados 134 casos em São Paulo. A região de Ribeirão concentra a maior parte: em 2007, foram registrados 47,61% dos 21 e, no ano passado, o índice foi de 43,75%. Em 2009, o único caso do Estado foi em Sertãozinho.
A doença é transmitida ao homem por meio do contato com fezes de ratos silvestres. Ainda não foi registrado nenhum caso de transmissão entre humanos no país.
Segundo Paolo Zanotto, virologista e diretor da Rede de Diversidade Genética de Vírus, um caso de transmissão entre humanos foi verificado na Argentina. "Nós estamos monitorando uma zoonose antes de ela se tornar um problema humano sério. É o que deveria ser feito, por exemplo, com o HIV, que começou como uma zoonese transmitida apenas entre chipanzés e hoje se alastrou pelo mundo e atinge cerca de 40 milhões de pessoas."
Segundo ele, a doença pode se tornar um problema de saúde pública devido à expansão urbana e agrícola. A pesquisa, iniciada em 2000, analisou uma área de 2.500 m2 de vegetação. Para o estudo, foram feitas análises sorológicas de amostras do vírus em humanos e roedores no Instituto Adolfo Lutz, em SP, e na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão.


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