Na lista da Procuradoria, são quatro candidatos a estadual e um a federal

Os nomes contestados pelo órgão são de Uebe Rezeck, Hélio Bastos, Paulo Pastori, Oliveira Junior e Airton Garcia

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

Quatro candidatos a deputado estadual e um a federal da região de Ribeirão Preto são considerados "fichas-sujas" pela Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo, que finalizou nesta semana a lista de impugnações.
Os nomes contestados por conta da Lei da Ficha Limpa são de Uebe Rezeck (PMDB), Hélio Bastos (PDT), Paulo Pastori (PTC) e Oliveira Junior (PSC), que concorrem à Assembleia Legislativa, e Airton Garcia (DEM), candidato a deputado federal.
Entre os 92 concorrentes da região há mais 31 nomes impugnados por motivos como problemas de documentação ausente no registro.
A Procuradoria disse que não devem surgir novas impugnações, a não ser que seja feita uma lista "residual", o que ainda não foi definido.
Para o vereador de Ribeirão Oliveira Junior, a Procuradoria "errou" ao considerá-lo um "ficha-suja".
Condenado por uso indevido de meios de comunicação em Itu, nas eleições de 2004, o vereador afirma que pela lei anterior à Ficha Limpa estava proibido de concorrer até 2006.
"Se não posso concorrer agora, como fui eleito em 2008? Vou processar por prevaricação o procurador que fez a impugnação." Ele não é o único que afirma já ter cumprido a pena.
Airton Garcia foi condenado em 2002 por fazer um loteamento sem autorização dos órgãos responsáveis. "A lei nova não pode fazer a pessoa cumprir duas vezes [a punição]", disse o advogado de Garcia, Luis Luppi.
Bastos afirmou que condenações que o impugnaram foram cometidas por uma pessoa de mesmo nome. Pode haver, segundo ele, processos relacionados ao uso de sua rádio, em Bebedouro, em eleições passadas.
O candidato disse já ter enviado a defesa e as certidões necessárias à Justiça Eleitoral. Já Paulo Pastori é questionado por contas do Instituto de Previdência dos Municipiários de Ribeirão que foram rejeitadas no período em que presidiu o órgão.
"Só que as irregularidades vinham desde 1994, quando o instituto foi criado. Minha defesa é justamente essa", disse Pastori. Procurado, o deputado estadual Uebe Rezeck não ligou de volta para comentar sua impugnação.
Rezeck foi acusado de enriquecimento ilícito e condenado por ter pago 13º salário e férias a si mesmo enquanto foi prefeito de Barretos, entre 1997 e 2004.

REGISTROS
A Justiça Eleitoral tem até hoje para julgar todas as 3.167 candidaturas registradas no Estado, mas, segundo a assessoria do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral), o prazo deve ser prorrogado devido ao grande número de processos ainda pendentes.
Até a tarde de ontem, só nove candidatos da região tiveram registros de candidaturas deferidos pela Justiça. Além dos impugnados, 47 aguardavam julgamento.


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