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ADMINISTRAÇÃO
Câmara de Ribeirão Preto aprova projeto que proíbe o acúmulo de chefias ao salário dos funcionários
Vereadores vetam privilégio de servidor
da Reportagem Local
A Câmara de Ribeirão Preto
aprovou anteontem à noite o projeto de resolução que proíbe o acúmulo de gratificações ao salário de
50 funcionários do Legislativo.
O texto, de autoria do presidente
da Câmara, Leopoldo Paulino
(PSB), teve votação unânime entre
os 17 vereadores que participaram
da sessão em Ribeirão.
Agora, os servidores só poderão
receber acréscimo no salário (comissão de chefia) por apenas um
cargo que ocuparem.
A medida vale apenas para as
substituições que acontecerem
após a aprovação do projeto.
A legislação anterior permitia
aos servidores da Câmara o acúmulo de várias comissões de chefias, assegurando essa remuneração na aposentadoria.
Segundo Paulino, a sobreposição
de vencimentos consome praticamente todo o repasse mensal feito
pela prefeitura, cerca de R$ 1,1 milhão, incluindo a folha de pagamento de funcionários ativos e
inativos. Do total repassado pela
Prefeitura de Ribeirão Preto, os 21
vereadores recebem juntos cerca
de R$ 100 mil por mês.
"Quem já recebe, tem direito adquirido por lei e não irá perder a
remuneração", disse Paulino.
O projeto que veta os benefícios
vigora a partir de hoje, após publicação no "Diário Oficial" do município.
De acordo com o autor do projeto de resolução, aproximadamente
80% dos servidores da Câmara têm
chefias incorporadas ao salário
mensal em Ribeirão Preto.
Impacto
Como os efeitos da medida serão
sentidos a longo prazo, Paulino diz
não ter estimado quanto a Câmara
deve economizar.
Além de mudar os critérios de
pagamento da comissão de chefia,
o projeto atingiu a aposentadoria.
Agora, a comissão de chefia somente é incorporada ao salário
após cinco anos e, depois, é incluída na aposentadoria.
"Antes, os servidores tinham várias comissões incorporadas ao salário e se aposentavam recebendo
esses valores", afirma.
Conforme a Folha apurou, há casos de funcionários que recebem
até R$ 16 mil por mês por ocuparem diversos cargos de direção.
Cada função tem uma comissão
diferenciada.
O valor supera o salário do prefeito em 43%, que é de R$ 9.000 e
deveria ser o teto no município.
O presidente da Câmara afirma
que existem diretores de departamento no Legislativo que não têm
subordinados para comandar.
O piso do funcionalismo municipal é de R$ 292, chegando a R$
6.460 -remuneração paga aos secretários da prefeitura.
Na semana passada, o projeto
não entrou em votação porque faltava parecer do relator da Comissão de Justiça.
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