DA FOLHA RIBEIRÃO

Além do forte calor, Ribeirão Preto também atingiu outro recorde climático, o de chuvas. O acumulado de precipitação em 2009 foi o maior dos últimos quatro anos.
Foram 1.581,5 mm, atrás somente do obtido em 2004, quando a cidade registrou 1.845,6 mm, segundo o IAC.
O dia mais chuvoso do ano passado foi 7 de dezembro, quando a precipitação pluviométrica atingiu 94 mm, de acordo com dados do IAC. Em 140 dos 365 dias do ano houve o registro de chuva -o equivalente a quatro meses e meio.
A estação mais atípica foi o inverno que, historicamente seco, bateu as médias do período. No mês de agosto, o total de chuva foi duas vezes maior que o esperado para a época, de acordo com dados da Defesa Civil do Estado.
Estimativa feita pelo Cptec para o verão é que a região de Ribeirão Preto tenha altos índices de precipitação em 2010.
"O indicativo é que o volume fique entre o normal e acima da média para o período, como ocorreu entre setembro e novembro do ano passado", afirmou ontem a meteorologista Priscila Farias.
A instabilidade é típica do verão, em que a combinação de calor com umidade resulta em pancadas de chuva.
"Ribeirão Preto está em uma fronteira climática em que vem ar tropical quente da região central do país e ar mais frio, proveniente do sul. Esse encontro de massas de ar resulta em muita umidade e condições de precipitação", afirmou o meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) Marcelo Schneider.
A corrente que vem do centro do país tem origem na região Amazônia.
Segundo o meteorologista do Inmet, temperaturas elevadas como a da tarde de ontem no município são normalmente seguidas de chuvas fortes.
"É natural haver temporais localizados e pancadas intensas depois de forte calor. Mas, de modo gradativo, as temperaturas não devem registrar novos extremos até o final do verão", afirmou.


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