DA FOLHA RIBEIRÃO

O promotor da Cidadania, Sebastião Sérgio da Silveira, abriu inquérito para investigar possíveis irregularidades na licitação aberta pelo Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto) para contratação da empresa que ficará responsável pelo serviço de destinação final do lixo doméstico produzido na cidade.
Hoje, somente a Leão Leão, que já detém os serviços de varrição e coleta, está na disputa. No início do processo licitatório, outras duas empresas se apresentaram, mas foram desclassificadas.
"Eu solicitei informações ao Daerp. No edital, eles falam em aterro. Nós estamos cansados de saber que a única empresa da região que tem um aterro é a Leão. Então, vamos apurar se houve direcionamento da licitação ou algum tipo de benefício", disse Silveira.
A expectativa do promotor é receber os documentos da autarquia nos próximos dez dias. "Se houver indícios de irregularidades, vamos propor uma ação judicial para impedir o contrato com a empresa", afirmou Silveira.
Segundo a Coordenadoria de Comunicação Social da prefeitura, a autarquia não irá se pronunciar sobre o inquérito enquanto não for notificada pela Promotoria, o que deve acontecer nos próximos dias, segundo Silveira. A Leão disse que não ia se pronunciar por não ser o alvo do inquérito.
A proposta comercial da Leão ao Daerp foi divulgada no último dia 26. A empresa pede R$ 69,90 para transportar a tonelada do lixo, mas o valor estimado pela autarquia no edital, que inclui transporte, transbordo e destinação final por 30 meses, era de R$ 60.
Por causa disso, o Daerp decidiu fazer outra cotação de preços, que até ontem não havia sido concluída. A vida útil do atual aterro sanitário de Ribeirão, que recebe 500 toneladas de lixo diariamente, expira em abril.


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