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Sem IPI reduzido, venda de carros em abril agrada setor
Volume de negócios na região foi menor que em março, mas superou abril de 2009
No primeiro quadrimestre do ano, Ribeirão, Franca,
São Carlos e Araraquara venderam 22% a mais que no mesmo período de 2009
JEAN DE SOUZA
DA FOLHA RIBEIRÃO
A esperada queda nas vendas
de automóveis na região em
abril, após o fim do desconto no
IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados), se confirmou, mas as concessionárias
das maiores cidades da região
têm o que comemorar.
Afinal, além de terem um
abril melhor do que o mesmo
mês de 2009, as lojas de Ribeirão, Franca, Araraquara e São
Carlos venderam 22% a mais
no primeiro quadrimestre de
2010 do que em igual período
do ano passado.
No total, 14.071 unidades foram comercializadas nos quatro primeiros meses deste ano,
ante as 11.501 no mesmo período de 2009. Em abril, as quatro
cidades somaram vendas de
3.487 carros e veículos comerciais leves (categoria que inclui
picapes pequenas, camionetes
e utilitários esportivos).
"Houve uma ressaca, que
veio menor do que o esperado.
A gente previa um mês mais difícil, mas tivemos um mês normal", diz o gerente de vendas da
Dante Renault em Ribeirão,
Alexandre Fraga.
Normal, para os patamares
atuais do aquecido mercado automobilístico, pode ser considerado um mês bom para vendas, segundo Fraga. "Só não dá
para comparar com março por
causa do efeito do IPI."
Boa parte dos negócios no
primeiro mês sem o imposto
mais baixo, no entanto, ainda
pode ser atribuída a ele.
Isso porque, para evitar uma
queda abrupta nos negócios, as
concessionárias estocaram
mais produtos do que o normal.
Resultado: sobrou carro mais
barato no mercado.
Segundo a gerente de vendas
da Cical Chevrolet, Eliana Garcia, veículos comprados pela loja no final de março e que continuaram com desconto no IPI
ajudaram a atrair consumidores para as lojas.
Promoções lançadas pelas
revendedoras também ajudaram a manter o fluxo de clientes, de acordo com as lojas.
Na Peugeot Orleans, o convite adotado para atrair o consumidor é subsidiar os juros para
a linha 207, que representa
90% das vendas, segundo o gerente Rafael Peres, que acredita
na "normalidade" da demanda.
Para o gerente da Atri Fiat
Evandro Reis a demanda por
automóveis deve seguir forte
mesmo com o fim do subsídio
no imposto federal.
"Ribeirão é um mercado em
crescimento, quem não conseguiu aproveitar o IPI reduzido
vai comprar o carro em outra
oportunidade", disse.
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