Ribeirão Preto, Quinta-feira, 06 de Maio de 2010

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Sem IPI reduzido, venda de carros em abril agrada setor

Volume de negócios na região foi menor que em março, mas superou abril de 2009

No primeiro quadrimestre do ano, Ribeirão, Franca, São Carlos e Araraquara venderam 22% a mais que no mesmo período de 2009


JEAN DE SOUZA
DA FOLHA RIBEIRÃO

A esperada queda nas vendas de automóveis na região em abril, após o fim do desconto no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), se confirmou, mas as concessionárias das maiores cidades da região têm o que comemorar.
Afinal, além de terem um abril melhor do que o mesmo mês de 2009, as lojas de Ribeirão, Franca, Araraquara e São Carlos venderam 22% a mais no primeiro quadrimestre de 2010 do que em igual período do ano passado.
No total, 14.071 unidades foram comercializadas nos quatro primeiros meses deste ano, ante as 11.501 no mesmo período de 2009. Em abril, as quatro cidades somaram vendas de 3.487 carros e veículos comerciais leves (categoria que inclui picapes pequenas, camionetes e utilitários esportivos).
"Houve uma ressaca, que veio menor do que o esperado. A gente previa um mês mais difícil, mas tivemos um mês normal", diz o gerente de vendas da Dante Renault em Ribeirão, Alexandre Fraga.
Normal, para os patamares atuais do aquecido mercado automobilístico, pode ser considerado um mês bom para vendas, segundo Fraga. "Só não dá para comparar com março por causa do efeito do IPI."
Boa parte dos negócios no primeiro mês sem o imposto mais baixo, no entanto, ainda pode ser atribuída a ele.
Isso porque, para evitar uma queda abrupta nos negócios, as concessionárias estocaram mais produtos do que o normal. Resultado: sobrou carro mais barato no mercado.
Segundo a gerente de vendas da Cical Chevrolet, Eliana Garcia, veículos comprados pela loja no final de março e que continuaram com desconto no IPI ajudaram a atrair consumidores para as lojas.
Promoções lançadas pelas revendedoras também ajudaram a manter o fluxo de clientes, de acordo com as lojas.
Na Peugeot Orleans, o convite adotado para atrair o consumidor é subsidiar os juros para a linha 207, que representa 90% das vendas, segundo o gerente Rafael Peres, que acredita na "normalidade" da demanda.
Para o gerente da Atri Fiat Evandro Reis a demanda por automóveis deve seguir forte mesmo com o fim do subsídio no imposto federal.
"Ribeirão é um mercado em crescimento, quem não conseguiu aproveitar o IPI reduzido vai comprar o carro em outra oportunidade", disse.


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