Ribeirão Preto, Segunda-feira, 06 de Junho de 2011

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Esgoto a céu aberto irrita moradores

Flagrado há aproximadamente um mês, problema persiste no Jardim Iguatemi e no Ipiranga, em Ribeirão Preto

População afirma que reclamações já foram levadas para o Daerp; procurada, prefeitura silencia sobre os casos


Silva Junior/Folhapress
Esgoto corre a céu aberto na sarjeta da rua Pará, no bairro Ipiranga, em Ribeirão; moradores reclamam de mau cheiro

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Mau cheiro, poluição e acúmulo de dejetos que atraem ratos e baratas. O esgoto a céu aberto ainda incomoda moradores do Jardim Iguatemi e do bairro Ipiranga, em Ribeirão Preto, após quase um mês de denunciado o problema à prefeitura.
A Folha esteve no dia 10 de maio em dois pontos onde moradores reclamam haver esgoto irregular. Voltou aos locais na última sexta-feira e constatou que os mesmos problemas persistem.
Um dos pontos em que há despejo irregular é o que fica ao fundo do condomínio Valparaíso, no Jardim Iguatemi.
Moradores dizem que o líquido escuro cai direto na nascente do córrego do Cateto, na vegetação que existe atrás do residencial.
Segundo o síndico do condomínio, Júlio Jannuzzi Constâncio, uma das hipóteses é que esse esgoto, trazido pela galeria de água pluvial, vem de outros bairros para ali desembocar.
Depois do primeiro flagrante feito pela Folha, moradores dizem ter visto caminhões do Daerp consertando tubulações no local.
No entanto, a reportagem voltou àquele ponto e encontrou o mesmo líquido escuro.
Alguns moradores contam que o incômodo foi reduzido, mas o cheiro forte ainda pode ser percebido.

NA SARJETA
O problema de esgoto também foi registrado no encontro da rua São Lourenço com a rua Pará, no Ipiranga.
Ali, o esgoto está bem nítido para quem passa: o líquido escuro corre pela sarjeta, atingindo um córrego.
Moradores reclamaram do cheiro forte e de animais peçonhentos. "O que mais atrapalha é que os bichos entram em casa. Só neste ano encontrei três ratos, fora sapo e baratas", disse a autônoma Luciana Nunes Lemes, 31.

OUTRO LADO
Não é só o problema do esgoto nos bairros que permance, mas também o silêncio da prefeitura. A Folha tentou ouvir a superintendência do Daerp e enviou perguntas por e-mail no dia 10, mas não obteve sucesso.
A reportagem ainda cobrou outras quatro vezes uma posição das autoridades, via assessoria de imprensa, e não teve respostas.


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