Ribeirão Preto, Domingo, 06 de Novembro de 2011

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Alunos de medicina são condenados por agressão

Advogados recorrem da decisão da Justiça

DE RIBEIRÃO PRETO

Os três estudantes de medicina de Ribeirão Preto acusados de agressão e de injúria racista contra o auxiliar Geraldo Garcia foram condenados em primeira instância a indenizá-lo em R$ 30 mil por danos morais.
Segundo a decisão da Justiça de Ribeirão, Abrahão Afiune Júnior, Emilio Pechulo Ederson e Felipe Trevisan devem pagar R$ 10 mil cada um ao auxiliar de serviços.
Em dezembro de 2009, os estudantes do Centro Universitário Barão de Mauá foram presos em flagrante após bater com um tapete em Garcia, que passava pela avenida Francisco Junqueira a caminho do trabalho.
Após ser agredido, Garcia, que é negro, ouviu os rapazes gritarem "ô, nego" quando ele caiu. O advogado de Garcia, Eduardo Silveira Martins, recorreu da sentença por considerar que o valor da indenização não tem "efeito intimidador". Ele pede que os três paguem R$ 200 mil.
"[O valor] Não guarda correspondência com a gravidade do fato", disse.
Já o advogado Carlos Mancini, que defende os três estudantes universitários, recorreu da sentença dada pela 8ª Vara Cível de Ribeirão.
Na esfera criminal, os três foram condenados a três meses de detenção e um ano de reclusão pelos crimes denunciados pelo Ministério Público Estadual em 2010. Mas as penas foram revertidas em prestação de serviços à comunidade durante um ano, segundo decisão da 5ª Vara Criminal de Ribeirão.
À época, Garcia, que estava em Ribeirão Preto havia oito anos, disse que se sentiu acolhido pela cidade e que recebeu muito apoio de quem soube da sua história.


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