Ribeirão Preto, Sexta-feira, 07 de Janeiro de 2011

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OUTRO LADO

Prefeitura age com rigor, diz secretário

DE RIBEIRÃO PRETO

Para o diretor de planejamento da Cohab, Sílvio Geraldo Martins Filho, o fato de Ribeirão Preto ser conhecida nacionalmente como polo agrícola e da construção civil acaba atraindo muitos migrantes, que se instalam nas regiões periféricas da cidade.
"Justamente por conta dos migrantes não temos como evitar o crescimento das favelas. Não vamos fechar as portas da cidade e proibi-los de se instalar aqui."
O chefe da Fiscalização Geral Osvaldo Braga, afirmou que não tem profissionais suficientes -hoje são 38 fiscais- para atuar em todas as regiões do município.
Segundo Braga, é preciso a ajuda da população para evitar que novas áreas de favelas sejam invadidas.
"Outro problema que enfrentamos é que muitas ocupações acontecem durante a noite. Eles erguem os barracos de qualquer maneira, colocam alguém lá dentro e na manhã seguinte já não temos mais o que fazer."
A secretária da Assistência Social, Maria Sodré, disse que equipes da pasta têm trabalhado na avaliação de todas as famílias que ocupam as favelas, informando sobre a ocupação irregular, os riscos de se invadir tais áreas e que serão removidas.
"O município tem trabalhado para a construção de novas moradias populares. A atual administração tem buscado programas junto ao governo federal e a meta da prefeitura é construir o maior número de moradias."
Ainda segundo a secretária, no ano passado a prefeitura "alcançou os objetivos" de remover várias famílias que foram transferidas para conjuntos habitacionais.
Segundo o secretário da Casa Civil, Lair Luchesi Júnior, mesmo com as novas ocupações, as favelas continuam "congeladas" e a prefeitura tem agido com rigor para evitar outras invasões.
"Aqueles que acham que vão invadir essas áreas e se beneficiar com os projetos de desfavelamento, esqueçam."
A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (DEM), foi procurada pela Folha ontem à tarde, mas não quis falar sobre o assunto.


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