Ribeirão Preto, Sexta-feira, 07 de Janeiro de 2011

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Sapateiro é acusado de estuprar as 5 filhas

Caso ocorreu em Franca e o suspeito, de 50 anos, estava foragido até a tarde de ontem

JULIANA COISSI
ENVIADA ESPECIAL A FRANCA

Um sapateiro de Franca está sendo procurado pela polícia por suspeita de ter estuprado suas cinco filhas. O suspeito, que tem 50 anos, estava foragido até o fim da tarde de ontem.
O suposto crime vinha sendo cometido ao longo de 21 anos -a mais velha, de 29 anos, relatou à polícia que começou a ser abusada sexualmente aos oito, e o crime se estendeu para as outras quatro filhas, que têm 19, 17, 15 e 8 anos.
O nome do suspeito não foi divulgado pela polícia.
Foi a fuga da terceira filha, de 15 anos, que originou o registro do caso na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher).
Segundo a polícia, a adolescente fugiu com o namorado na última terça-feira para Ibiraci (MG).
Quando a mãe, uma sapateira de 39 anos, foi buscá-la, a menina se recusou e disse que era estuprada pelo pai.
Pela versão da mãe à polícia, a sapateira então reuniu as demais meninas, que contaram que também foram violentadas pelo pai. "Cada uma era abusada de duas a três vezes por semana", disse a delegada Graciela de Lourdes David Ambrósio.
A mãe das mais jovens, de acordo com a delegada, afirmou que já tinha "uma certa desconfiança". Mas o depoimento da mais velha contradiz a madrasta.
Aos 15 anos, ela relatou o crime ao então namorado, hoje marido. Eles dizem ter denunciado o abuso à mãe das adolescentes e a todos os parentes, mas que eles não teriam acreditado.
Um advogado chegou a se apresentar na delegacia como representante do suspeito, anteontem. Procurado pela Folha ontem, porém, João Batista Palim disse que, ao saber do assunto, desistiu da defesa e que não sabe onde está o sapateiro.
Ontem, a filha mais velha voltou à delegacia, mas se negou a falar com a reportagem. Na casa da família, não havia ninguém.
Segundo a delegada, os depoimentos das cinco filhas são bastante coerentes. O crime de estupro prevê prisão de oito a dez anos contabilizada para cada uma das supostas vítimas.


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