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TJ reduz pena de Bullamah para dez anos
Condenação em 2009 por homicídio doloso estipulava 18 anos de prisão a médico de Ribeirão
DE RIBEIRÃO PRETO
Condenado em dezembro
de 2009 a 18 anos de prisão
por homicídio doloso, o ex-ginecologista Vanderson Bullamah teve a pena reduzida
para dez anos. A decisão é do
TJ (Tribunal de Justiça) do Estado de São Paulo, após recurso da defesa.
Bullamah foi condenado
por causar a morte de Helen
de Moura Buratti em julho de
2002. A jovem, então com 18
anos, morreu um dia após
uma cirurgia de lipoescultura feita na clínica de Bullamah, em Ribeirão Preto.
O acórdão do TJ não informa as justificativas para a redução da pena que havia sido definida por júri popular,
em 2009, em Ribeirão.
No documento, o relator
Roberto Midolla afirma: "Tudo indica que o apelante (Bullamah) atuou com o único
intuito financeiro e em total
desrespeito à vida humana, o
que torna altamente reprovável a sua conduta".
A defesa de Bullamah recorreu ao TJ com o argumento de que a decisão do júri foi
contrária às provas dos autos
e que a morte de Helen não
teve vínculo com o processo
de lipoescultura realizado.
No recurso, a defesa queria que a condenação de 18
anos fosse reformada para
uma pena mínima, de seis
anos, em regime semiaberto.
O pedido foi negado pelo
TJ, que reduziu a sentença
apenas parcialmente, e manteve a condenação em regime inicial fechado. Por isso,
o advogado André Azevedo,
que representa Bullamah,
disse que vai recorrer, dessa
vez ao STJ (Superior Tribunal
de Justiça), em Brasília.
Após a condenação em
2009, Bullamah ficou preso
por um período de 25 horas.
Ele saiu da prisão depois de
obter um habeas corpus e,
desde então, responde ao
processo em liberdade.
No acórdão do TJ, o relator
Midolla determina, "oportunamente", a expedição de
mandado de prisão.
Isso significa, segundo
Azevedo, que o mandado só
poderá, se ainda for o caso,
ser emitido após o trânsito
em julgado do processo, ou
seja, depois do julgamento
do recurso que vai ao STJ.
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