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"Genros" são presos sob suspeita de mandar matar empresário
PM prendeu rapazes com arma em frente ao prédio da vítima em São Carlos
JEAN DE SOUZA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Uma tentativa de assassinato
foi descoberta pela polícia ontem, momentos antes de ser
concretizada em São Carlos. O
alvo do crime encomendado
era Jorge Altéia, 42, proprietário da Alge Transformadores.
Segundo a polícia, o crime teria
sido tramado pela ex-mulher e
duas filhas do empresário.
Segundo informações da Polícia Militar, dois policiais faziam o patrulhamento no Parque Faber, região nobre próxima ao shopping Iguatemi,
quando suspeitaram de dois
homens. Nathan Felipe Narciso, 19, e Valdemir da Silva, 22,
estavam sentados em uma mureta, próximos a uma moto, em
frente à casa do empresário.
Na abordagem, os policiais
encontraram um revólver calibre 38. Os rapazes não souberam explicar a origem da arma
e confessaram estar no local
para executar Altéia. Disseram
aos policiais que os mandantes
do crime eram os namorados
das filhas do empresário. Pelo
crime, iriam receber R$ 50 mil.
Após serem capturados, Silva
e Narciso foram orientados pelos policiais a fingir para os
mandantes, pelo celular, que o
plano tinha sido bem-sucedido.
Com a desculpa de que precisavam de dinheiro para a fuga, os
dois rapazes conseguiram marcar o encontro.
Em uma área próxima ao
bosque Santa Mônica, cercada
por matagais, os policiais ficaram à espera dos dois futuros
genros, Rodrigo, 28, e Artur, 20
(os sobrenomes não foram revelados pela polícia). Eles chegaram em um Celta e entregaram R$ 500 a Silva e Narciso. A
seguir, foram presos.
Os policiais ainda orientaram os a ligar para as namoradas, com o objetivo de também
atraí-las ao local. Esse plano
não deu certo.
De acordo com o delegado titular da 5ª Delegacia de Polícia
de São Carlos, Aldo Donisete
del Santo, os quatro homens foram indiciados por tentativa de
homicídio e presos. As filhas do
empresário estiveram na delegacia. Elas ainda não foram ouvidas, o que deverá acontecer
nos próximos dias.
As garotas têm 15 e 17 anos.
Segundo o próprio empresário,
ele tem uma relação conturbada com as duas filhas e com a
ex-mulher. O advogado de Altéia, Carlos André, disse acreditar que as filhas e a ex-mulher
estão "99% envolvidas" na trama de assassinato.
Segundo André, o empresário
não via as três há um mês. Ele
afirma ainda que Altéia vinha
recebendo mensagens ameaçadoras, inclusive de morte, pelo
telefone. A ex-mulher e as filhas
de Altéia não foram encontradas pela reportagem. A Folha
não obteve informações sobre
os advogados dos presos.
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