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Condomínio corta água de moradores e inicia polêmica
Moradores reclamam de interrupção e Procon afirma que é irregular; representante de condomínio diz que foi consenso
Desde a última quinta, 13 apartamentos ficaram sem água e mais cortes devem ser efetuados nos próximos dias, afirma o síndico
DANIELA MERCIER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Moradores de 13 apartamentos do Parque Residencial Jardim das Pedras, em Ribeirão,
estão sem água desde a última
quinta-feira, por falta de pagamento da conta de condomínio.
A suspensão do fornecimento foi determinada pela administração do residencial. Segundo o síndico geral, Ademar
Natal Pedigone, a distribuição
só será normalizada quando os
moradores iniciarem o pagamento das dívidas à empresa de
cobrança. Há dois anos, as cobranças de condomínio no Jardim das Pedras são feitos por
uma empresa terceirizada.
Cerca de 30 apartamentos
devem ficar sem fornecimento
de água nos próximos dias.
Moradores lesados afirmam
que a medida é "arbitrária" e
que não podem ser penalizados
com o corte de água, já que as
dívidas se referem às contas de
condomínio.
A cabeleireira Rosilda Marina Pinto mora com os três filhos no residencial e diz que
não recebeu a cobrança. Ela
procurou a empresa para negociar a dívida, referente a três
meses sem pagamento. "A gente fica de mãos atadas."
Marli de Oliveira, que mora
no condomínio há três anos,
também ficou surpresa com a
medida. A conta, segundo ela, é
paga pelo seu filho, que mora
em Vitória (ES). "Estou devendo dez meses e não tenho como
negociar", afirmou.
No residencial, parte dos 13
prédios possui hidrômetros individuais, que medem o consumo de água em cada apartamento -possibilitando a cobrança separada da conta de
água. A medição do consumo
de água e a manutenção dos registros individuais ficam a cargo de uma empresa contratada
pelo condomínio, que pode
suspender a distribuição. Como a água é cobrada na mesma
fatura do condomínio, uma
conta não pode ser paga sem a
quitação da outra.
O Daerp (Departamento de
Água e Esgotos de Ribeirão
Preto) faz o abastecimento geral. Segundo a Coordenadoria
de Comunicação da prefeitura,
o órgão não pode fiscalizar a
distribuição interna. De acordo
com o síndico, o corte foi aprovado em assembleia no ano
passado e os moradores são notificados desde o início deste
ano. Para o Procon de São Paulo, a suspensão é irregular, porque o abastecimento é atribuição do poder público.
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