DA FOLHA RIBEIRÃO

Os 8,21% de lares de Ribeirão Preto considerados de classe alta são responsáveis por quase um terço do consumo registrado na cidade em 2008. Foram 13.814 famílias que jogaram no mercado R$ 2,32 bilhões, dos R$ 7,9 bilhões gastos.
A classe média, que representa 39% das famílias da cidade, foi responsável por 47% do consumo. A classe baixa gastou 19% do total e as 25 mil famílias pobres de Ribeirão-15% da população das classes D e E-consumiram apenas 3,5%.
"Se pegar este índice por região em outros lugares, a discrepância será ainda maior", afirmou o economista Marcelo Bosi Rodrigues.
Para Rodrigues, a diversificação do mercado de Ribeirão é responsável pela aparente maior justiça social.
"Em uma economia de comércio e serviços, como a nossa, a renda é melhor distribuída do que numa cidade com muitas indústrias, onde a renda bruta vai para o patrão e sobra pouco para os operários."
Ainda assim, os gastos com alimentação mostram a diferença de renda que ainda existe na cidade. Enquanto os ricos (classe A) são responsáveis por 16% dos gastos com alimentação dentro de casa, os pobres (classes D e E) representam 5,8%. Na alimentação fora de casa, os ricos consomem 32% do total, enquanto os pobres, apenas 2,8%.
"Nós notamos que nosso poder de consumo cresceu nos últimos dois anos. Acredito que, além da melhora na renda, Ribeirão está crescendo, com muitas lojas e opções no comércio. Essa concorrência provoca queda nos preços e aumenta o poder de consumo", disse o advogado Ricardo de Arruda Soares Volpon, 39, enquanto escolhia vinhos em uma tradicional adega da cidade com a mulher, a psicóloga Carla Dabori Volpon, 39.
"Sentimos uma segurança maior na nossa renda nos últimos anos, o que nos possibilita um aumento do poder de compras. Além disso, os produtos e serviços estão mais baratos e acessíveis", disse o gerente de vendas Marcelo Maguno, 38.



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