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VIOLÊNCIA
Três jovens morreram entre quinta-feira e anteontem em Ribeirão; polícia aponta relação com o tráfico
Seis adolescentes são baleados em 4 dias
da Folha Ribeirão
Seis adolescentes foram baleados
e três deles morreram entre quinta-feira e a noite de anteontem em
Ribeirão Preto. Segundo a polícia,
praticamente todos os casos estão
ligados ao tráfico de drogas.
No último caso, que ocorreu anteontem à noite, o corpo de T.B.S.,
14, foi encontrado no canavial da
Destilaria Galo Bravo, no Anel
Viário, por um pescador.
O adolescente tinha tiros no tórax, no abdômen, nas pernas e nas
nádegas. A polícia acredita que o
adolescente tenha sido morto em
outro local e o corpo tenha sido jogado no canavial da destilaria.
Ele esteve internado na Febem
(Fundação do Bem-Estar do Menor) em outubro do ano passado
por porte de droga e de arma.
O delegado do setor de homicídios da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Ribeirão, Samuel Zanferdini, afirma que pelo
menos 90% dos assassinatos de
adolescentes na cidade estão relacionados ao tráfico de drogas.
"Como as penas impostas aos
adolescentes são mais leves, eles
são cada vez mais usados na distribuição de drogas", diz. Segundo o
delegado, em princípio não há relação entre as mortes ocorridas
nos últimos dias em Ribeirão.
Ontem à tarde, a DIG prendeu
André Luís Severino de Almeida,
20, que confessou a morte da garota A.P.M., 16, assassinada na quinta-feira à tarde dentro de um bar
no bairro Parque São Sebastião.
Ele apresentou a arma do crime,
uma pistola semi-automática 7.65.
"O crime está indiretamente relacionado ao tráfico e tem ligação
com outro homicídio acontecido
no bairro." Por não ter sido autuado em flagrante, Almeida deveria
ser liberado ainda na noite de ontem, após prestar depoimento.
Tiroteio
Na última sexta-feira, três jovens
foram baleados na sorveteria Ivaneska, localizada na avenida do
Café, na Vila Tibério.
De acordo com a polícia, os adolescentes J.B.S., F.A.P. e W.A.P.C.
haviam acabado de chegar na sorveteria e estavam sentados em
uma mesa com outras duas pessoas quando um homem se aproximou do local em que eles estavam reunidos e começou a atirar.
Os três foram internados e
W.A.P.C. passou por uma cirurgia
para remover as balas.
No mesmo dia, Rogério Paiva Almeida, 18, foi baleado no Quintino
Facci 2. Ele foi internado na Santa
Casa e morreu no dia seguinte. Segundo a polícia, dois jovens de bicicleta pararam Almeida na rua e
atiraram em sua cabeça e no seu
corpo.
A DIG instaurou inquérito para
investigar os motivos da morte.
"A grande maioria dos casos está
relacionada à disputa por pontos-de-venda de droga ou por dívidas
referentes à compra de entorpecentes", afirma Zanferdini.
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