Ribeirão Preto, Sexta-feira, 09 de Abril de 2010

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Ribeirão apura morte por dengue ou gripe suína

Mulher de 50 anos, cujo nome não foi revelado, morreu na última terça-feira

Secretaria da Saúde de Ribeirão diz que a paciente também pode ter sido vitimada por febre amarela ou leptospirose


DA FOLHA RIBEIRÃO

A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto investiga o que pode ser a terceira morte por dengue hemorrágica ou a primeira por gripe suína neste ano na cidade. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, uma mulher de 50 anos, moradora da Vila Albertina, morreu na última terça-feira na Santa Casa da cidade. O nome da paciente não foi revelado pela prefeitura ou pelo hospital.
A chefe da Vigilância Epidemiológica, Ana Alice de Castro e Silva, disse que a vítima morreu em um quadro de hemorragia e, por isso, a causa é investigada. "Faz parte da rotina quando há uma morte assim."
Como houve a hemorragia, há a suspeita de dengue. Já a investigação sobre a possibilidade de gripe suína existe porque, segundo Silva, a mulher também foi vitimada por um quadro de doença pulmonar.
Além de dengue e do vírus H1N1, a Vigilância Epidemiológica trabalha com outras duas possibilidades: leptospirose ou febre amarela. Resultados de exames enviados ao Instituto Adolfo Lutz, em SP, que irão comprovar a causa da morte, devem sair na próxima semana.
Anteontem, a Secretaria da Saúde confirmou a segunda morte por dengue neste ano em Ribeirão. A vítima foi a aposentada Leda Gallão de Oliveira, 46, que morreu no domingo no Hospital São Paulo, após 15 dias de internação.
No final de janeiro, Aparecida de Paula, 63, morreu de dengue hemorrágica na Beneficência Portuguesa. No dia 3 de janeiro, Maria Auxiliadora Alves, 51, também morreu com a doença, mas o caso foi computado entre os registros de 2009, porque os sintomas surgiram no final do ano passado.
Até ontem, Ribeirão totalizou 9.705 registros positivos de dengue. Outros 4.063 exames aguardam confirmação, o que indica que a doença ainda está em ascensão na cidade, já que anteontem o total de suspeitos era de cerca de 3.800.
A Vigilância Epidemiológica informou que a queda de temperatura registrada nos últimos dias pode ajudar a reduzir a propagação da doença. "Mas isso não é algo que possa ser sentido de imediato", disse Silva. Para tentar frear o avanço da dengue, o Controle de Vetores vai realizar mais dois arrastões, amanhã, na zona leste, para a eliminação de criadouros.
Já em relação à gripe suína, no ano passado houve três mortes em Ribeirão. A última morte ocorrida na cidade foi de uma grávida de 22 anos, em novembro de 2009. Mas, neste caso, o óbito não foi computado em Ribeirão, já que, embora estivesse internada na cidade, ela era moradora de Itaú de Minas (MG). Na região foram 22 mortes pelo vírus H1N1 no ano passado, além de mais de 300 contaminados. (LEANDRO MARTINS)


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