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Ribeirão apura morte por dengue ou gripe suína
Mulher de 50 anos, cujo nome não foi revelado, morreu na última terça-feira
Secretaria da Saúde de Ribeirão diz que a paciente também pode ter sido vitimada por febre amarela ou leptospirose
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto investiga o que pode ser a terceira morte por dengue hemorrágica ou a primeira
por gripe suína neste ano na cidade. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, uma mulher de 50 anos, moradora da
Vila Albertina, morreu na última terça-feira na Santa Casa da
cidade. O nome da paciente não
foi revelado pela prefeitura ou
pelo hospital.
A chefe da Vigilância Epidemiológica, Ana Alice de Castro
e Silva, disse que a vítima morreu em um quadro de hemorragia e, por isso, a causa é investigada. "Faz parte da rotina
quando há uma morte assim."
Como houve a hemorragia,
há a suspeita de dengue. Já a investigação sobre a possibilidade de gripe suína existe porque,
segundo Silva, a mulher também foi vitimada por um quadro de doença pulmonar.
Além de dengue e do vírus
H1N1, a Vigilância Epidemiológica trabalha com outras duas
possibilidades: leptospirose ou
febre amarela. Resultados de
exames enviados ao Instituto
Adolfo Lutz, em SP, que irão
comprovar a causa da morte,
devem sair na próxima semana.
Anteontem, a Secretaria da
Saúde confirmou a segunda
morte por dengue neste ano em
Ribeirão. A vítima foi a aposentada Leda Gallão de Oliveira,
46, que morreu no domingo no
Hospital São Paulo, após 15 dias
de internação.
No final de janeiro, Aparecida de Paula, 63, morreu de dengue hemorrágica na Beneficência Portuguesa. No dia 3 de janeiro, Maria Auxiliadora Alves,
51, também morreu com a
doença, mas o caso foi computado entre os registros de 2009,
porque os sintomas surgiram
no final do ano passado.
Até ontem, Ribeirão totalizou 9.705 registros positivos de
dengue. Outros 4.063 exames
aguardam confirmação, o que
indica que a doença ainda está
em ascensão na cidade, já que
anteontem o total de suspeitos
era de cerca de 3.800.
A Vigilância Epidemiológica
informou que a queda de temperatura registrada nos últimos dias pode ajudar a reduzir
a propagação da doença. "Mas
isso não é algo que possa ser
sentido de imediato", disse Silva. Para tentar frear o avanço
da dengue, o Controle de Vetores vai realizar mais dois arrastões, amanhã, na zona leste, para a eliminação de criadouros.
Já em relação à gripe suína,
no ano passado houve três
mortes em Ribeirão. A última
morte ocorrida na cidade foi de
uma grávida de 22 anos, em novembro de 2009. Mas, neste caso, o óbito não foi computado
em Ribeirão, já que, embora estivesse internada na cidade, ela
era moradora de Itaú de Minas
(MG). Na região foram 22 mortes pelo vírus H1N1 no ano passado, além de mais de 300 contaminados.
(LEANDRO MARTINS)
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