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Promotor diz que greve de médicos é ilegal
Se categoria decretar mesmo a paralisação em Ribeirão Preto, Silveira afirma que vai entrar na Justiça
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Promotoria da Cidadania
notificou anteontem a Prefeitura de Ribeirão Preto e os sindicatos que representam os
médicos e os dentistas para dizer que a greve planejada pelas
duas categorias é ilegal.
"Não existe a categoria do
"servidor público médico". Já
houve um acordo coletivo com
os servidores municipais, por
isso, a greve é ilegal", disse Sebastião Sérgio da Silveira.
O promotor fez referência ao
acordo firmado entre o Sindicato dos Servidores Municipais
e a prefeitura no último dia 24.
Depois de dois dias de greve, os
funcionários conseguiram,
dentre outros benefícios, 6,31%
de reajuste.
Silveira diz que entrará na
Justiça, caso haja paralisação
na Saúde. "É um momento inoportuno. Estamos vivendo uma
epidemia de dengue, precisamos enfrentar uma pandemia
[gripe suína]. Se houver prejuízo do atendimento, pessoas serão responsabilizadas."
O promotor afirmou, no entanto, que não é contra aumentar o salário dos médicos. "Pelo
contrário. Acho que os médicos
da rede pública deveriam ter
plano de carreira e ganhar como na iniciativa privada."
Médicos e dentistas da rede
municipal decretaram estado
de greve na última segunda-feira à noite e prometem paralisar
os serviços que não são urgentes a partir do próximo dia 22,
caso a prefeitura não atenda as
suas reivindicações.
O pleito inclui, além de pagamento de bonificação diferenciada, melhoria das condições
de trabalho, especialmente no
que se refere à segurança nas
unidades de saúde.
Marco Aurélio de Almeida,
presidente do Sindicato dos
Médicos do Estado de São Paulo em Ribeirão, afirma que a entidade vai se reunir com o promotor hoje à tarde. "Essa negociação dos médicos e dos dentistas já tem 1,3 ano", disse.
A assessoria da Secretaria da
Saúde afirmou que, apesar do
decreto de estado de greve, não
houve alteração no funcionamento das unidades.
Ontem, a Justiça expediu
mandado negando liminar à
Promotoria da Cidadania que
pedia a instalação imediata de
controle eletrônico de ponto
para médicos especialistas do
NGA (Núcleo de Gerenciamento Assistencial), que ainda assinam presença em livro.
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