Ribeirão Preto, Sexta-feira, 09 de Abril de 2010

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Promotor diz que greve de médicos é ilegal

Se categoria decretar mesmo a paralisação em Ribeirão Preto, Silveira afirma que vai entrar na Justiça

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

A Promotoria da Cidadania notificou anteontem a Prefeitura de Ribeirão Preto e os sindicatos que representam os médicos e os dentistas para dizer que a greve planejada pelas duas categorias é ilegal.
"Não existe a categoria do "servidor público médico". Já houve um acordo coletivo com os servidores municipais, por isso, a greve é ilegal", disse Sebastião Sérgio da Silveira.
O promotor fez referência ao acordo firmado entre o Sindicato dos Servidores Municipais e a prefeitura no último dia 24. Depois de dois dias de greve, os funcionários conseguiram, dentre outros benefícios, 6,31% de reajuste.
Silveira diz que entrará na Justiça, caso haja paralisação na Saúde. "É um momento inoportuno. Estamos vivendo uma epidemia de dengue, precisamos enfrentar uma pandemia [gripe suína]. Se houver prejuízo do atendimento, pessoas serão responsabilizadas."
O promotor afirmou, no entanto, que não é contra aumentar o salário dos médicos. "Pelo contrário. Acho que os médicos da rede pública deveriam ter plano de carreira e ganhar como na iniciativa privada."
Médicos e dentistas da rede municipal decretaram estado de greve na última segunda-feira à noite e prometem paralisar os serviços que não são urgentes a partir do próximo dia 22, caso a prefeitura não atenda as suas reivindicações.
O pleito inclui, além de pagamento de bonificação diferenciada, melhoria das condições de trabalho, especialmente no que se refere à segurança nas unidades de saúde.
Marco Aurélio de Almeida, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo em Ribeirão, afirma que a entidade vai se reunir com o promotor hoje à tarde. "Essa negociação dos médicos e dos dentistas já tem 1,3 ano", disse.
A assessoria da Secretaria da Saúde afirmou que, apesar do decreto de estado de greve, não houve alteração no funcionamento das unidades.
Ontem, a Justiça expediu mandado negando liminar à Promotoria da Cidadania que pedia a instalação imediata de controle eletrônico de ponto para médicos especialistas do NGA (Núcleo de Gerenciamento Assistencial), que ainda assinam presença em livro.


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