Ribeirão Preto, Terça-feira, 09 de Agosto de 2011

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Câmara decide hoje nº de testemunhas

Oliveira Júnior quer 30 pessoas depondo a seu favor em Comissão Processante, mas CP deve permitir apenas 15

Vereador depôs ontem na Casa e se defendeu das acusações contra ele; político pede que caso seja arquivado

ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO

A CP (Comissão Processante) que investiga as denúncias contra o vereador Oliveira Júnior (PSC), de Ribeirão Preto, de manter uma funcionária-fantasma e de quebra de decoro parlamentar define hoje quantos serão chamados a depor.
Em depoimento à CP ontem Oliveira Júnior se defendeu das acusações.
Após prestar os esclarecimentos, o vereador pediu o arquivamento do processo de investigação da funcionária, que pode terminar na cassação de seu mandato.
Como o encerramento do processo está descartado pela CP, testemunhas arroladas por Oliveira devem começar a ser ouvidas até sexta-feira.
A comissão é presidida por Capelas Novas (PPS) e tem Saulo Rodrigues (PRB) como relator e Gilberto Abreu (PV) entre os membros.
Oliveira Júnior colocou à disposição da comissão 30 testemunhas, mas cerca de 15 devem ser ouvidas.
O vereador tentou se abster de falar sobre as denúncias de desacato a um policial militar e de dirigir alcoolizado. Como o requerimento foi indeferido, ele disse que prestaria depoimento "sob protesto".
Acompanhado por um advogado, Oliveira Junior disse que sua ex-assistente parlamentar, Eliana Steinkopf Caetano, estava de licença em Vila Velha (ES) quando foi publicada reportagem do jornal "A Cidade", em junho.
O vereador apresentou documentos como o título de eleitor, contas e contratos de locação de imóveis dela e pediu um exame grafotécnico para verificar a assinatura no livro de ponto.
Além disso, o vereador se disse "constrangido e perseguido" pelos policiais militares que o acusaram de dirigir alcoolizado na avenida Francisco Junqueira, em maio.
Segundo o vereador, o sargento Rogério Junio Moda, que diz que Oliveira o desacatou, atuava em um esquema de propina da Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto) para "afugentar" camelôs.
A Acirp, via assessoria de imprensa, disse desconhecer o teor do depoimento, mas repudiou quaisquer acusações sobre o relacionamento da entidade com a PM ou com seus membros.
A PM informou que vai pedir à CP cópias do depoimento e, após análise, decidirá se vai instalar procedimento para apurar os fatos.


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