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Sambódromo pode ir para a Vila Virgínia
Área de antigos galpões da Ceagesp pode ter ainda um centro de formação cultural em dança e música
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
A área onde foram construídos os dois antigos galpões da
Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de
São Paulo), na Vila Virgínia, em
Ribeirão, pode abrigar um centro de formação cultural em
dança e música e um sambódromo, com arquibancadas permanentes e uma passarela de 400
metros de extensão. O projeto é
da Secretaria da Cultura.
Segundo a titular da pasta,
Adriana Silva, o município negocia a assinatura de um contrato de parceria até o final deste ano com a fundação do jogador de futebol da seleção espanhola Marcos Senna para a restauração e recuperação do barracão que está sem uso e sem
cobertura. A utilização do segundo galpão para o banco de
alimentos será mantida, de
acordo com ela.
A implantação do sambódromo, por sua vez, ainda depende
dos avais do Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural do Município de Ribeirão
Preto e da CPFL Paulista. "Para
a passarela ficar reta, uma parte
pequena do barracão, de cerca
de 5 metros, precisaria ser inutilizada. Como já existe uma
parceria de restauro fechada,
precisamos ver se é possível e se
compensa", disse. A área também tem fios de alta tensão.
André Justino Neto, 50, presidente da União das Entidades
Carnavalescas de Ribeirão Preto e Região, disse acreditar ser
quase impossível a instalação
de uma passarela de samba na
área dos galpões. "Uma passarela precisa ter no mínimo mil
metros: 700 metros para o desfile e 300 metros para concentração e dispersão das alas."
Uma segunda opção de área
está sendo estudada pela Secretaria da Cultura na região do
Quintino Facci 1. O terreno ficaria mais próximo dos galpões de
escolas, como Bambas e Embaixadores.
A expectativa da secretaria é
conseguir concluir o projeto do
sambódromo até o Carnaval de
2010, para que os desfiles do
ano seguinte aconteçam na nova área, e não mais na avenida
Mogiana, como ocorre hoje.
Casarão
A Prefeitura de Ribeirão deve
retirar o ponto de ônibus e a
lombada instalados em frente
ao casarão da Caramuru, imóvel tombado pelo Condephaat
(Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico). O objetivo é evitar que a estrutura
do imóvel se comprometa ainda mais por causa de freadas
bruscas de carros e ônibus.
Além disso, a prefeitura vai cobrir o imóvel para evitar danos
decorrentes de chuvas.
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