Ribeirão Preto, Quarta-feira, 09 de Setembro de 2009

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Sambódromo pode ir para a Vila Virgínia

Área de antigos galpões da Ceagesp pode ter ainda um centro de formação cultural em dança e música

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

A área onde foram construídos os dois antigos galpões da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), na Vila Virgínia, em Ribeirão, pode abrigar um centro de formação cultural em dança e música e um sambódromo, com arquibancadas permanentes e uma passarela de 400 metros de extensão. O projeto é da Secretaria da Cultura.
Segundo a titular da pasta, Adriana Silva, o município negocia a assinatura de um contrato de parceria até o final deste ano com a fundação do jogador de futebol da seleção espanhola Marcos Senna para a restauração e recuperação do barracão que está sem uso e sem cobertura. A utilização do segundo galpão para o banco de alimentos será mantida, de acordo com ela.
A implantação do sambódromo, por sua vez, ainda depende dos avais do Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural do Município de Ribeirão Preto e da CPFL Paulista. "Para a passarela ficar reta, uma parte pequena do barracão, de cerca de 5 metros, precisaria ser inutilizada. Como já existe uma parceria de restauro fechada, precisamos ver se é possível e se compensa", disse. A área também tem fios de alta tensão.
André Justino Neto, 50, presidente da União das Entidades Carnavalescas de Ribeirão Preto e Região, disse acreditar ser quase impossível a instalação de uma passarela de samba na área dos galpões. "Uma passarela precisa ter no mínimo mil metros: 700 metros para o desfile e 300 metros para concentração e dispersão das alas."
Uma segunda opção de área está sendo estudada pela Secretaria da Cultura na região do Quintino Facci 1. O terreno ficaria mais próximo dos galpões de escolas, como Bambas e Embaixadores.
A expectativa da secretaria é conseguir concluir o projeto do sambódromo até o Carnaval de 2010, para que os desfiles do ano seguinte aconteçam na nova área, e não mais na avenida Mogiana, como ocorre hoje.

Casarão
A Prefeitura de Ribeirão deve retirar o ponto de ônibus e a lombada instalados em frente ao casarão da Caramuru, imóvel tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico). O objetivo é evitar que a estrutura do imóvel se comprometa ainda mais por causa de freadas bruscas de carros e ônibus. Além disso, a prefeitura vai cobrir o imóvel para evitar danos decorrentes de chuvas.


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