Ribeirão Preto, Sábado, 10 de Janeiro de 2009

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Inacabadas, praças levam 70% de verba

Restauração das praças das Bandeiras e da Catedral, em Ribeirão, não tem prazo para ser retomada

DA FOLHA RIBEIRÃO

Paralisada há cerca de 30 dias, a reforma das praças das Bandeiras e da Catedral, no centro de Ribeirão, já consumiu 70% da verba destinada pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) -R$ 700 mil-, parou por falha no projeto e não há prazo para ser retomada.
Iniciada em julho do ano passado, a obra deveria ter sido entregue em outubro, mas atrasos relativos a chuvas e à transferência dos artesãos da praça das Bandeiras, além de erros no edital de licitação, farão com que a reforma atrase pelo menos mais 60 dias e custe R$ 300 mil a mais aos cofres públicos.
Segundo o secretário de Obras Públicas, Abranche Fuad Abdo, e Paulo Nogueira, diretor operacional da Ambiental, responsável pela obra, o principal entrave agora tem relação com o patrimônio histórico. A prefeitura não incluiu no edital da licitação, como previa o projeto original da reforma, a compra de postes de iluminação de ferro fundido para a praça das Bandeiras.
"Nós já temos a verba [R$ 300 mil], mas precisamos fazer agora um aditamento no contrato. Acredito que a administração anterior não tenha feito por falta de tempo", disse Abdo. O secretário não soube dizer por qual programa do governo federal o repasse extra para a obra seria liberado.
Para concluir a reforma, a empresa ainda precisa colocar os bancos de ferro e madeira na praça das Bandeiras, trocar os pontos de ônibus e restaurar o piso da praça da Catedral, onde sequer foi iniciada a reforma.
Embora ainda não sejam tombadas, as duas praças estão na área de entorno de dois bens protegidos pelo patrimônio histórico, artístico e cultural do Estado: o Quarteirão Paulista, onde está o Theatro Pedro 2º, e a praça 15 de Novembro.
Por esse motivo é que a prefeitura foi obrigada a submeter o projeto de restauração ao Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), prevendo a iluminação feita pelos postes de ferro.


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