Ribeirão Preto, Terça-feira, 10 de Fevereiro de 2009

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Prova foi criticada de "alto a baixo", afirma sindicalista

DA REPORTAGEM LOCAL

"É inadmissível que a secretaria, agora que foi impedida de usar a "provinha" na contratação dos temporários, se ache no direito de divulgar dados parciais que só servem para caluniar os professores da rede estadual", disse ontem a presidente da Apeoesp, o sindicato dos professores do Estado de São Paulo, Maria Izabel Azevedo Noronha. "Ninguém mais acredita nessa prova", afirmou.
Segundo ela, antes de dar publicidade aos resultados de uma prova "contestada de alto a baixo", a secretaria deveria preocupar-se, isso sim, em corrigir os problemas apontados inclusive pela decisão judicial.
Maria Izabel diz que nunca se opôs à avaliação de conhecimentos. "Sempre defendemos o concurso público como método de contratação por excelência. Mas o que a Secretaria quis fazer foi um arremedo disso."
Entre os problemas citados, constam o suposto vazamento, na véspera da prova, do gabarito de história; o fato de os aplicadores das provas serem professores da própria rede, o que, segundo a entidade, pode ter comprometido irreversivelmente a segurança do certame ("Onde já se viu colega fiscalizar colega?"); o fato de a logística da prova "ter sido pautada pela bagunça" -ela menciona locais em que os testes começaram antes do horário marcado, e outros em que os examinadores chegaram atrasados.
A divulgação dos resultados da prova, antes de sua derrubada pela Justiça, evidenciou uma cesta de problemas.
A professora Ana Rosa da Rocha Lima, 34, inscreveu-se para disputar aulas de Educação Física e de Ciências. No dia 17, entretanto, só fez a prova de Educação Física. Quando as notas foram divulgadas, tinha 54,4 pontos em Ciências e 48 em Educação Física. "Não pode ser nenhum homônimo, porque a nota veio com nome e RG", disse a professora. (FT e LC)


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