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Prova foi criticada de "alto a baixo", afirma sindicalista
DA REPORTAGEM LOCAL
"É inadmissível que a secretaria, agora que foi impedida de
usar a "provinha" na contratação dos temporários, se ache no
direito de divulgar dados parciais que só servem para caluniar os professores da rede estadual", disse ontem a presidente da Apeoesp, o sindicato
dos professores do Estado de
São Paulo, Maria Izabel Azevedo Noronha. "Ninguém mais
acredita nessa prova", afirmou.
Segundo ela, antes de dar publicidade aos resultados de
uma prova "contestada de alto
a baixo", a secretaria deveria
preocupar-se, isso sim, em corrigir os problemas apontados
inclusive pela decisão judicial.
Maria Izabel diz que nunca
se opôs à avaliação de conhecimentos. "Sempre defendemos
o concurso público como método de contratação por excelência. Mas o que a Secretaria quis
fazer foi um arremedo disso."
Entre os problemas citados,
constam o suposto vazamento,
na véspera da prova, do gabarito de história; o fato de os aplicadores das provas serem professores da própria rede, o que,
segundo a entidade, pode ter
comprometido irreversivelmente a segurança do certame
("Onde já se viu colega fiscalizar colega?"); o fato de a logística da prova "ter sido pautada
pela bagunça" -ela menciona
locais em que os testes começaram antes do horário marcado,
e outros em que os examinadores chegaram atrasados.
A divulgação dos resultados
da prova, antes de sua derrubada pela Justiça, evidenciou
uma cesta de problemas.
A professora Ana Rosa da Rocha Lima, 34, inscreveu-se para
disputar aulas de Educação Física e de Ciências. No dia 17, entretanto, só fez a prova de Educação Física. Quando as notas
foram divulgadas, tinha 54,4
pontos em Ciências e 48 em
Educação Física. "Não pode ser
nenhum homônimo, porque a
nota veio com nome e RG", disse a professora.
(FT e LC)
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