Ribeirão Preto, Quarta-feira, 10 de Março de 2010

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Região ganha quase um médico por dia em dois anos

Quadro de profissionais saltou de 6.437 para 7.115 médicos, afirma o Cremesp

Polo de serviços da saúde, Ribeirão, com 3.451 profissionais, só fica atrás de Santos na proporção de médicos por habitantes

Edson Silva/Folha Imagem
Os médicos residentes Paulo Pereira, Seleno Fortes e Flávia Guerrero em sala de consulta da UBDS Sumarezinho, gerenciada pela USP

DA FOLHA RIBEIRÃO

As cidades da região de Ribeirão Preto ganharam 678 médicos nos últimos dois anos, o equivalente a quase um profissional por dia. O quadro passou de 6.437 para 7.115 médicos.
O balanço, divulgado ontem pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), inclui as delegacias de Ribeirão, Franca, Araraquara e Barretos.
Polo regional prestador de serviços da saúde, Ribeirão tinha 3.451 médicos em 2009, ocupando posição de destaque também no Estado. Com 6,13 médicos por mil habitantes, fica atrás apenas de Santos entre os municípios paulistas com mais profissionais da medicina.
Na opinião do conselheiro estadual do Cremesp Isac Jorge Filho, "Ribeirão tem mais médicos do que precisa". Na cidade, três faculdades -USP, Barão de Mauá e Unaerp- abrem 220 vagas em cursos de medicina todos anos.
Além dos que decidem ficar na cidade após se graduarem, Ribeirão também atrai médicos em busca de vagas na residência médica ou nas pós-graduações da USP, disse Jorge Filho. Todos eles, segundo o conselheiro, optam por atuar na cidade para poderem se manter, o que puxa para cima o índice de médicos por habitante.
Em um mercado de trabalho disputado, os residentes da Faculdade de Medicina da USP Paulo Chicaroni Pereira, 28, Seleno Fortes, 24, e Flávia Alexandra Guerrero, 27, disseram que o diferencial dos profissionais da área deve ser a qualidade da formação.
"Formar um advogado ruim não é a mesma coisa que formar um médico ruim. Você trata diretamente com a vida", disse Pereira, que ainda não sabe se irá fazer carreira em Ribeirão. Já Fortes, que veio de Manaus para fazer residência na USP, não irá engrossar as estatísticas da cidade: ele deve retornar para a sua cidade após se especializar. (JEAN DE SOUZA)


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