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Inflação do 1º trimestre é a maior em quatro anos
Preços em Ribeirão tiveram alta média de 1,75%, diz pesquisa divulgada ontem
Manga e uva tiveram os maiores aumentos em março; inflação de janeiro elevou índice do ano, diz pesquisador do Nepe
DA FOLHA RIBEIRÃO
Com índice de 0,36% em
março, Ribeirão Preto fechou o
primeiro trimestre com inflação acumulada de 1,75% no
ano, a maior desde 2005, de
acordo com o IPC Fipe-Moura
Lacerda, anunciado ontem pelo
Nepe (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas).
No primeiro trimestre daquele ano, a inflação acumulada foi de 2,38%. Nos trimestres
dos anos seguintes, o índice foi
inferior: 0,77% em 2006, 1,61%
em 2007 e 1,05 no ano passado
(veja quadro nesta página). O
índice deste primeiro semestre
supera, inclusive, a inflação
acumulada de São Paulo
(1,14%), normalmente maior
que a de Ribeirão.
"O que explica esta alta histórica talvez seja a inflação registrada em janeiro [1,27%], que
puxou o índice para cima. Em
fevereiro e março, o índice foi
relativamente baixo, dentro da
média dos últimos anos", disse
Anderson Salvador Romanello,
pesquisador do Nepe.
No mês passado, o setor de
alimentos foi o que mais contribuiu para a alta, com aumento
de 1,58%. Os produtos que tiveram os maiores aumentos em
março são a manga (alta de
101,3%) e a uva (45,3%). O aumento da passagem de ônibus
intermunicipal (8,1%) ficou em
terceiro lugar no ranking dos
produtos mais caros.
A inflação de março foi mais
que o dobro da registrada em
fevereiro (0,11%), mas ficou na
mesma média de março do ano
passado (0,40%). "A inflação
tende a cair no primeiro semestre deste ano, por conta dos
efeitos da crise. A queda na demanda provoca baixa dos preços", disse Romanello.
O produto que mais teve queda no preço em março foi o álcool combustível, com variação
negativa de 20,9%. O índice se
refere ao período em que os
postos da cidade baixaram o
preço a menos de R$ 1 -no início do mês, o valor do litro do
etanol voltou ao patamar de R$
1,29, em média. Tiveram queda,
também, o preço do aparelho
de televisão (-7,7%), do pão
francês (-1,6%) e da carne de
frango (-2,19%).
(LUCAS REIS)
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