Ribeirão Preto, Sexta-feira, 10 de Abril de 2009

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Inflação do 1º trimestre é a maior em quatro anos

Preços em Ribeirão tiveram alta média de 1,75%, diz pesquisa divulgada ontem

Manga e uva tiveram os maiores aumentos em março; inflação de janeiro elevou índice do ano, diz pesquisador do Nepe

DA FOLHA RIBEIRÃO

Com índice de 0,36% em março, Ribeirão Preto fechou o primeiro trimestre com inflação acumulada de 1,75% no ano, a maior desde 2005, de acordo com o IPC Fipe-Moura Lacerda, anunciado ontem pelo Nepe (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas).
No primeiro trimestre daquele ano, a inflação acumulada foi de 2,38%. Nos trimestres dos anos seguintes, o índice foi inferior: 0,77% em 2006, 1,61% em 2007 e 1,05 no ano passado (veja quadro nesta página). O índice deste primeiro semestre supera, inclusive, a inflação acumulada de São Paulo (1,14%), normalmente maior que a de Ribeirão.
"O que explica esta alta histórica talvez seja a inflação registrada em janeiro [1,27%], que puxou o índice para cima. Em fevereiro e março, o índice foi relativamente baixo, dentro da média dos últimos anos", disse Anderson Salvador Romanello, pesquisador do Nepe.
No mês passado, o setor de alimentos foi o que mais contribuiu para a alta, com aumento de 1,58%. Os produtos que tiveram os maiores aumentos em março são a manga (alta de 101,3%) e a uva (45,3%). O aumento da passagem de ônibus intermunicipal (8,1%) ficou em terceiro lugar no ranking dos produtos mais caros.
A inflação de março foi mais que o dobro da registrada em fevereiro (0,11%), mas ficou na mesma média de março do ano passado (0,40%). "A inflação tende a cair no primeiro semestre deste ano, por conta dos efeitos da crise. A queda na demanda provoca baixa dos preços", disse Romanello.
O produto que mais teve queda no preço em março foi o álcool combustível, com variação negativa de 20,9%. O índice se refere ao período em que os postos da cidade baixaram o preço a menos de R$ 1 -no início do mês, o valor do litro do etanol voltou ao patamar de R$ 1,29, em média. Tiveram queda, também, o preço do aparelho de televisão (-7,7%), do pão francês (-1,6%) e da carne de frango (-2,19%). (LUCAS REIS)


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