Ribeirão Preto, Segunda-feira, 10 de Maio de 2010

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Colheita passada da cana teve sobra de 16%

A região tinha 1,9 milhão de hectares de cana, dos quais sobraram 308,3 mil

A região administrativa de Ribeirão Preto foi a que obteve o maior índice de aproveitamento, com a colheita de 90,3% da cana

DA FOLHA RIBEIRÃO

Dos 1,9 milhão de hectares de cana disponíveis para colheita na safra 2009/ 2010 nas regiões administrativas de Ribeirão Preto, Barretos, Central e Franca, 16% ou 308,3 mil hectares sobraram nos canaviais.
Os dados são do projeto Canasat, do Inpe. No total do Estado de São Paulo, o índice de cana bisada (que foi deixada nos pés) foi de 16,8%.
Um dos principais motivos para a sobra de produto nos canaviais foi o excesso de chuvas na temporada passada, que dificultou a colheita. Por causa da sobra, também, algumas usinas anteciparam o início da safra atual para março.
"Na safra passada o número de dias parados por conta da chuva foi muito grande", afirmou o pesquisador do IEA, Sérgio Alves Torquato.
Na temporada passada, os canaviais da região administrativa de Ribeirão Preto foram os que obtiveram os maiores índices de aproveitamento, com a colheita de 90,3% de toda a cana disponível.
Já as regiões de Marília, Bauru e Presidente Prudente registraram altos índices de sobra, com percentuais de 78,8%, 78,7% e 73,7%, respectivamente, de cana disponível colhida na safra passada.
Segundo Torquato, nessas áreas consideradas de avanço da cana no Estado de São Paulo o volume de chuvas foi maior, o que tornou mais difícil a colheita e ocasionou uma sobra ainda mais volumosa.
Segundo o gerente do projeto Etanol Verde da Cetesb, Ricardo Viegas, que coordena o Protocolo Ambiental, se as regiões de expansão, como Marília, Bauru e Presidente Prudente, tivessem conseguido colher mais cana no ano passado, o nível de mecanização teria sido ainda maior no Estado, com uma consequente maior redução nas queimadas.
"Se mais cana tivesse sido colhida nessas regiões novas, também teria sido com mecanização, por isso, no geral, [a redução das queimadas] avançou", afirmou Viegas. (LEANDRO MARTINS)


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