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Obra divide bairro e moradores
DA FOLHA RIBEIRÃO
A divisão do bairro Jardim Canadá em duas partes -uma fechada e a outra não- se reflete na
opinião dos moradores.
Para Fausta Abourick, a medida
é boa por causa da segurança,
mas, apesar disso, ela disse ter estranhado o fato de o fechamento
não atingir todo o bairro.
"A ronda noturna feita na região é muito deficiente."
No dia 19 de abril, um homem
foi assassinado em uma casa próxima à residência de Fausta. Neste
mês, outra residência foi invadida
por cinco assaltantes, que foram
presos pela Polícia Militar.
Já a empresária Antonia Fernanda Damasceno disse ser contrária à idéia por achar que o fechamento vai funcionar como um
chamariz para os assaltantes.
"Eles vão querer saber o que
tem por trás desses muros altos",
afirmou a empresária.
O bairro City Ribeirão, também
de classe alta, encontrou uma medida diferente para conter a violência, que foi reduzida a praticamente zero somente com o uso de
seguranças, sem o isolamento do
bairro por muros.
De acordo com o empresário
Ângelo Henrique Pileggi Palocci,
que mora no bairro, a participação dos moradores e a ronda com
motos feita por vigias propiciou a
redução na criminalidade.
Até mesmo os autônomos que
trabalham nas obras da City são
cadastrados. "Teve uma obra que
o proprietário pediu o cadastramento dos pedreiros. No dia seguinte, nenhum foi trabalhar. O
caminho é a união da comunidade", disse o empresário.
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