|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VIOLÊNCIA
Homem ficou em cativeiro na periferia de Araraquara e disse à polícia que foi torturado; quatro foram presos
Comerciante foge após 20 h de sequestro
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
O comerciante José Roberto
Mineto, de São Carlos, foi sequestrado e mantido por mais de 20
horas em um cativeiro na periferia de Araraquara.
Ontem pela manhã, ele conseguiu fugir do local em que era
mantido preso e pediu ajuda a um
caseiro de uma chácara próxima
para acionar a polícia.
Uma equipe da Polícia Militar
foi até o local, no bairro Biagioni
(periferia da cidade), e conseguiu
prender quatro suspeitos, identificados como Gilmário Coelho de
Almeida, Erivaldo Oliveira de Almeida, Jair Carlos Colombo e Marialma Coelho de Almeida.
O comerciante foi rendido por
cinco homens anteontem pela
manhã em São Paulo e levado para o cativeiro em Araraquara, segundo relatou à polícia.
Durante a madrugada de ontem, segundo o delegado Jesus
Nazaré Romão, Mineto foi torturado pelo grupo, que o ameaçava
exigindo uma quantia de R$ 8.000
em troca de sua libertação.
Segundo a polícia de Araraquara, a vítima apresentava marcas
de espancamento e choques elétricos por todo o corpo.
Para evitar novas torturas, ele
conseguiu convencer os autores
que pagaria o valor com o carro,
ainda segundo a polícia.
Em seguida, ele aproveitou um
descuido do grupo para fugir.
Investigação
O caso foi registrado na DIG
(Delegacia de Investigações Gerais) de Araraquara, que está investigando a possível participação
de mais pessoas no sequestro. Pelo menos um membro grupo ainda está foragido.
Segundo o delegado Romão,
responsável pelas investigações,
os sequestradores afirmaram que
o comerciante tinha um contrato,
no qual se comprometia a retirar
multas de trânsito do grupo.
Eles teriam dito em seu depoimento que a vítima teria exigido
R$ 8.000 para fraudar o serviço
que registra cheques sem fundos e
cancelar as multas de trânsito.
O comerciante negou e disse
que foi obrigado pelo grupo a assinar o contrato.
Os três homens acusados foram
levados para a Cadeia Pública de
Araraquara. Já a mulher foi levada
para Rincão. A polícia de Araraquara informou que, apesar de o
comerciante afirmar que assinou
o contrato sob tortura, o documento será investigado.
Texto Anterior: Obra divide bairro e moradores Próximo Texto: Braços cruzados: Protesto atrasa a entrada de crianças em 11 creches de Ribeirão Preto Índice
|