Ribeirão Preto, Sábado, 10 de Junho de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VIOLÊNCIA
Homem ficou em cativeiro na periferia de Araraquara e disse à polícia que foi torturado; quatro foram presos
Comerciante foge após 20 h de sequestro

FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO

O comerciante José Roberto Mineto, de São Carlos, foi sequestrado e mantido por mais de 20 horas em um cativeiro na periferia de Araraquara.
Ontem pela manhã, ele conseguiu fugir do local em que era mantido preso e pediu ajuda a um caseiro de uma chácara próxima para acionar a polícia.
Uma equipe da Polícia Militar foi até o local, no bairro Biagioni (periferia da cidade), e conseguiu prender quatro suspeitos, identificados como Gilmário Coelho de Almeida, Erivaldo Oliveira de Almeida, Jair Carlos Colombo e Marialma Coelho de Almeida.
O comerciante foi rendido por cinco homens anteontem pela manhã em São Paulo e levado para o cativeiro em Araraquara, segundo relatou à polícia.
Durante a madrugada de ontem, segundo o delegado Jesus Nazaré Romão, Mineto foi torturado pelo grupo, que o ameaçava exigindo uma quantia de R$ 8.000 em troca de sua libertação.
Segundo a polícia de Araraquara, a vítima apresentava marcas de espancamento e choques elétricos por todo o corpo.
Para evitar novas torturas, ele conseguiu convencer os autores que pagaria o valor com o carro, ainda segundo a polícia.
Em seguida, ele aproveitou um descuido do grupo para fugir.

Investigação
O caso foi registrado na DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Araraquara, que está investigando a possível participação de mais pessoas no sequestro. Pelo menos um membro grupo ainda está foragido.
Segundo o delegado Romão, responsável pelas investigações, os sequestradores afirmaram que o comerciante tinha um contrato, no qual se comprometia a retirar multas de trânsito do grupo.
Eles teriam dito em seu depoimento que a vítima teria exigido R$ 8.000 para fraudar o serviço que registra cheques sem fundos e cancelar as multas de trânsito.
O comerciante negou e disse que foi obrigado pelo grupo a assinar o contrato.
Os três homens acusados foram levados para a Cadeia Pública de Araraquara. Já a mulher foi levada para Rincão. A polícia de Araraquara informou que, apesar de o comerciante afirmar que assinou o contrato sob tortura, o documento será investigado.


Texto Anterior: Obra divide bairro e moradores
Próximo Texto: Braços cruzados: Protesto atrasa a entrada de crianças em 11 creches de Ribeirão Preto
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.