|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sem merendeiras, escolas servem pão e biscoito a alunos
Unidades estaduais em Ribeirão estão sem funcionário para o preparo de alimentos, como arroz, feijão e carne
Segundo a Secretaria de Estado da Educação, são necessárias 48 novas merendeiras para 34 escolas de Ribeirão
ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
Desde quinta-feira da semana passada, alunos de algumas escolas da rede estadual de Ribeirão Preto têm se
alimentado apenas com a
chamada "merenda seca"
-biscoitos, pão, frutas e outros produtos prontos.
O motivo é a falta de merendeiras para preparar alimentos como arroz, feijão e
carne. Essas funcionárias são
terceirizadas e, segundo a Secretaria de Estado da Educação, alguns contratos de
prestação do serviço venceram nos dias 3 e 4.
A pasta afirmou, por meio
da assessoria de imprensa,
que precisa contratar 48 novas merendeiras para 34 escolas de Ribeirão.
A secretaria não soube dizer o número exato de escolas nessa condição, mas afirmou que "provavelmente" a
merenda seca é servida nas
34 unidades que necessitam
de novas funcionárias.
Situação parecida já aconteceu na cidade em outubro
de 2009, na escola estadual
Expedicionários Brasileiros,
no bairro São José. Na época,
as servidoras que preparavam a comida foram afastadas por licença médica.
A escola Hermínia Gugliano, na Vila Tibério, é uma das
que serviram só alimentos
prontos nesta semana. A unidade atende crianças da terceira e quarta séries do ensino fundamental e também
dos três anos do ciclo inicial.
A dona de casa Adriana
Valentim Batista, 24, tem um
filho de 7 anos na Hermínia
Gugliano e disse não concordar com a distribuição da
merenda seca. "Arroz e feijão
é muito mais nutritivo."
Entre as crianças, os sucos
e bolachas são até mais bem
aceitos (leia nesta página).
A secretaria da Educação
disse que a merenda seca é
provisória e permanecerá
apenas até a conclusão do
processo de contratação. Na
Hermínia Gugliano, a situação deve ser normalizada até
o início da próxima semana.
Ribeirão tem 77 escolas estaduais, mas o governo estadual não informou quais são
as outras unidades que estão
na mesma situação da Hermínia Gugliano.
De acordo com a Educação, a seleção das 48 servidoras ainda depende da emissão de laudo médico.
Texto Anterior: Pai vai processar prefeitura por morte de filho Próximo Texto: Pais dizem que alimento mais nutritivo é ideal Índice
|