Ribeirão Preto, Quinta-feira, 10 de Junho de 2010

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Sem merendeiras, escolas servem pão e biscoito a alunos

Unidades estaduais em Ribeirão estão sem funcionário para o preparo de alimentos, como arroz, feijão e carne

Segundo a Secretaria de Estado da Educação, são necessárias 48 novas merendeiras para 34 escolas de Ribeirão


ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

Desde quinta-feira da semana passada, alunos de algumas escolas da rede estadual de Ribeirão Preto têm se alimentado apenas com a chamada "merenda seca" -biscoitos, pão, frutas e outros produtos prontos.
O motivo é a falta de merendeiras para preparar alimentos como arroz, feijão e carne. Essas funcionárias são terceirizadas e, segundo a Secretaria de Estado da Educação, alguns contratos de prestação do serviço venceram nos dias 3 e 4.
A pasta afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que precisa contratar 48 novas merendeiras para 34 escolas de Ribeirão.
A secretaria não soube dizer o número exato de escolas nessa condição, mas afirmou que "provavelmente" a merenda seca é servida nas 34 unidades que necessitam de novas funcionárias.
Situação parecida já aconteceu na cidade em outubro de 2009, na escola estadual Expedicionários Brasileiros, no bairro São José. Na época, as servidoras que preparavam a comida foram afastadas por licença médica.
A escola Hermínia Gugliano, na Vila Tibério, é uma das que serviram só alimentos prontos nesta semana. A unidade atende crianças da terceira e quarta séries do ensino fundamental e também dos três anos do ciclo inicial.
A dona de casa Adriana Valentim Batista, 24, tem um filho de 7 anos na Hermínia Gugliano e disse não concordar com a distribuição da merenda seca. "Arroz e feijão é muito mais nutritivo."
Entre as crianças, os sucos e bolachas são até mais bem aceitos (leia nesta página).
A secretaria da Educação disse que a merenda seca é provisória e permanecerá apenas até a conclusão do processo de contratação. Na Hermínia Gugliano, a situação deve ser normalizada até o início da próxima semana.
Ribeirão tem 77 escolas estaduais, mas o governo estadual não informou quais são as outras unidades que estão na mesma situação da Hermínia Gugliano.
De acordo com a Educação, a seleção das 48 servidoras ainda depende da emissão de laudo médico.


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