DA FOLHA RIBEIRÃO

As auto-escolas de Ribeirão voltaram ontem a levar seus alunos para exames práticos no Centro de Formação de Condutores, no bairro Manoel Penna, após 55 dias com o serviço suspenso por conta da greve da Polícia Civil.
Despreparados e com a prática prejudicada pelo tempo de espera entre a realização das aulas teóricas e práticas e a prova, o número de reprovações foi maior do que a média, segundo estimativa da Apaerp (Associação dos Proprietários de Auto-Escolas de Ribeirão Preto).
"Já imaginava que isso aconteceria. Quem não quis pagar a mais por aulas, e nem todos podem, chegaria com o que aprendeu há dois meses", disse o presidente da Apaerp, Antônio Geraldo. Ontem, foram feitos 200 exames.
Na auto-escola Giovana, foram nove reprovações dos 30 candidatos que prestaram, um índice de 30%. A média geral, segundo Geraldo, é de 10% no máximo.
"Quem não quis gastar mais com aulas extras e já tinha acabado as 15 aulas obrigatórias chegou mais despreparado", disse Valter Siqueira, dono da auto-escola.
Camilla Freitas, 18, que faria a prova no dia 18 de setembro, dois dias após o início da greve dos policiais civis, teve exame remarcado para hoje. Ontem, aproveitou o dia para praticar. Para isso, pagou mais duas aulas extras -já tinha feito nove para tentar não perder a prática. "Eu me sentia muito mais preparada em setembro, quando tinha acabado de fazer as 15 aulas."


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