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Sem discussões, vereadores aprovam a "lei do puxadinho"
DA FOLHA RIBEIRÃO
Depois de muita polêmica, a
Câmara de Ribeirão Preto
aprovou ontem, sem grandes
discussões, a segunda versão do
projeto da prefeitura que regulariza construções ou ampliações feitas sem aprovação do
Executivo. Apenas o vereador
André Luiz da Silva (PC do B)
se absteve da votação.
Na segunda versão, elaborada após discussão do Executivo
com o Comur (Conselho Municipal de Urbanismo), a prefeitura restringiu a regularização
aos imóveis em áreas de interesse social -o projeto anterior
não tinha essa restrição. Sendo
assim, poderão ser regularizados, em tese, apenas imóveis
mais populares. Casas de condomínios de classe média e
imóveis de bairros nobres ficam excluídos da "anistia".
Ainda assim, segundo membros do Comur e da diretoria
regional do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado de São Paulo, o projeto aprovado ontem não resolverá os
problemas da classe baixa.
Um dos motivos, segundo o
arquiteto e diretor regional do
sindicato, Maurílio Chiaretti, é
o fato de não haver no município, como prevê a legislação federal, convênios que facilitem o
acesso de pessoas de baixa renda aos serviços de arquitetos e
engenheiros.
De acordo com Chiaretti, a
formação de parcerias permitiria que o município buscasse
recursos no governo federal para remunerar profissionais que
cuidariam da regularização dos
"puxadinhos".
O vereador André Luiz da Silva elaborou um projeto, baseado na proposta do sindicato,
para favorecer a criação de parcerias entre profissionais e a
prefeitura na cidade, mas a matéria ainda não foi votada.
Ontem, a principal opositora
do governo Dárcy Vera (DEM),
a vereadora Silvana Resende
(PSDB), disse que seria a última
vez que ela aprovaria projeto
para regularizar construções.
Ela justificou que a aprovação era necessária agora porque o Estado espera a regularização de 224 apartamentos novos do Jardim João Rossi para
registrá-los em cartório. Só depois disso é que as unidades poderão ser entregues.
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