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Desocupação de cadeia começa em 5 meses
Informação é do novo diretor do Deinter-3, Valmir Granucci, que se baseou na previsão para inaugurar o CDP de Franca
Cadeias da região abrigam 1.370 presos; Granucci quer reforçar as escutas telefônicas e integrar as delegacias especializadas
ARARIPE CASTILHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
A SAP (Secretaria de Estado
da Administração Penitenciária) começa em cinco meses a
incorporar os presos das cadeias da região, de acordo com
o novo diretor do Deinter-3
(Departamento de Polícia Judiciária do Interior) de Ribeirão Preto, Valmir Granucci.
Esse é o prazo informado pela pasta, segundo o delegado,
para a inauguração do CDP
(Centro de Detenção Provisória) de Franca. Cadeias masculinas e femininas da região têm
1.370 presos, segundo Granucci. As unidades masculinas
mais lotadas são as de Franca
(250 presos) e Barretos (140).
As cadeias femininas com
mais detentas são as de Altinópolis (130 mulheres), Batatais
(116) e Cajuru (82). Granucci
disse ainda que pretende reforçar escutas telefônicas. Leia
trechos da entrevista à Folha.
FOLHA - Ao assumir o Deinter-3, na
semana passada, o sr. disse que dará
ênfase ao trabalho de inteligência.
O que precisa ser melhorado?
VALMIR GRANUCCI - Tenho uma
experiência da época de seccional em Araraquara que mostra
que é necessário somar todos
os recursos. Na próxima sexta-feira, por exemplo, tenho reunião com o pessoal das Dises
[delegacias de combate às drogas] e DIGs [investigação geral]. Quero que troquem experiências e ampliem o relacionamento que hoje, talvez, seja nenhum. Pretendo ainda verificar
a quantidade de escutas que
existem em andamento em toda a área do Deinter-3. Por que
cidades pequenas têm três escutas em andamento e as maiores não têm esse tipo de trabalho? O objetivo é estimular essas ações. O combate a criminosos experientes exige isso.
FOLHA - A região tem problemas
com cadeias femininas...
GRANUCCI - As cadeias públicas
são nosso problema. Na época
em que fui delegado seccional,
em Araraquara, foram desativadas as cadeias masculinas de
Araraquara, Matão, Itápolis,
Taquaritinga e Ibitinga. Só restaram as femininas. Mas depois, diante da quantidade de
presos no Estado, esse processo desacelerou um pouco. Dentro de cinco meses, há previsão
de que todos os presos em cadeias públicas serão passados
para a SAP. Eles serão encaminhados aos CDPs. Devem restar ainda as cadeias femininas,
mas esse ponto acredito que será equacionado de forma progressiva. Em algumas cidades,
já usamos as cadeias públicas
apenas para pernoite. É o que
posso dizer sobre as cadeias. As
penitenciárias, inclusive as que
estão em construção, são de
responsabilidade da SAP.
FOLHA - Com sua chegada ao Deinter, houve mudanças em cinco seccionais. Como ficarão Dises e DIGs?
GRANUCCI - Compete aos seccionais que estão assumindo
qualquer alteração. Eles poderão definir o ritmo de trabalho
que querem imprimir e fazer as
modificações necessárias.
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