Ribeirão Preto, Terça-feira, 12 de Janeiro de 2010

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Desocupação de cadeia começa em 5 meses

Informação é do novo diretor do Deinter-3, Valmir Granucci, que se baseou na previsão para inaugurar o CDP de Franca

Cadeias da região abrigam 1.370 presos; Granucci quer reforçar as escutas telefônicas e integrar as delegacias especializadas


ARARIPE CASTILHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

A SAP (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária) começa em cinco meses a incorporar os presos das cadeias da região, de acordo com o novo diretor do Deinter-3 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior) de Ribeirão Preto, Valmir Granucci.
Esse é o prazo informado pela pasta, segundo o delegado, para a inauguração do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Franca. Cadeias masculinas e femininas da região têm 1.370 presos, segundo Granucci. As unidades masculinas mais lotadas são as de Franca (250 presos) e Barretos (140).
As cadeias femininas com mais detentas são as de Altinópolis (130 mulheres), Batatais (116) e Cajuru (82). Granucci disse ainda que pretende reforçar escutas telefônicas. Leia trechos da entrevista à Folha.

 

FOLHA - Ao assumir o Deinter-3, na semana passada, o sr. disse que dará ênfase ao trabalho de inteligência. O que precisa ser melhorado?
VALMIR GRANUCCI
- Tenho uma experiência da época de seccional em Araraquara que mostra que é necessário somar todos os recursos. Na próxima sexta-feira, por exemplo, tenho reunião com o pessoal das Dises [delegacias de combate às drogas] e DIGs [investigação geral]. Quero que troquem experiências e ampliem o relacionamento que hoje, talvez, seja nenhum. Pretendo ainda verificar a quantidade de escutas que existem em andamento em toda a área do Deinter-3. Por que cidades pequenas têm três escutas em andamento e as maiores não têm esse tipo de trabalho? O objetivo é estimular essas ações. O combate a criminosos experientes exige isso.

FOLHA - A região tem problemas com cadeias femininas...
GRANUCCI
- As cadeias públicas são nosso problema. Na época em que fui delegado seccional, em Araraquara, foram desativadas as cadeias masculinas de Araraquara, Matão, Itápolis, Taquaritinga e Ibitinga. Só restaram as femininas. Mas depois, diante da quantidade de presos no Estado, esse processo desacelerou um pouco. Dentro de cinco meses, há previsão de que todos os presos em cadeias públicas serão passados para a SAP. Eles serão encaminhados aos CDPs. Devem restar ainda as cadeias femininas, mas esse ponto acredito que será equacionado de forma progressiva. Em algumas cidades, já usamos as cadeias públicas apenas para pernoite. É o que posso dizer sobre as cadeias. As penitenciárias, inclusive as que estão em construção, são de responsabilidade da SAP.

FOLHA - Com sua chegada ao Deinter, houve mudanças em cinco seccionais. Como ficarão Dises e DIGs?
GRANUCCI
- Compete aos seccionais que estão assumindo qualquer alteração. Eles poderão definir o ritmo de trabalho que querem imprimir e fazer as modificações necessárias.


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