Ribeirão Preto, Quinta-feira, 12 de Março de 2009

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Mais dois suspeitos de pedofilia são presos

Outros dois, um médico e um empresário, estão foragidos; operação-surpresa em Catanduva envolveu 23 promotores

Foram cumpridos ainda 21 mandados de busca e apreensão e promotor diz que material tem indícios de pornografia infantil

Edson Silva/Folha Imagem
Policial militar recolhe CPU de computador da casa de um parente do empresário Volpon Diogo, que teve prisão decretada, mas está foragido

ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO, EM CATANDUVA

Mais dois suspeitos de participar de uma suposta rede de pedofilia em Catanduva, interior de São Paulo, foram presos ontem. Outros dois também tiveram mandado de prisão expedido, mas não foram localizados e passaram a ser considerados foragidos.
A ação é resultante de uma operação-surpresa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), órgão do Ministério Público Estadual.
O objetivo das prisões é "garantir que não haja influência dos suspeitos em eventuais evidências", segundo o promotor João Santa Terra Junior.
Foram presos o estudante André Luiz Cano Centurion, 22, filho de um comerciante, e o almoxarife Eduardo Augusto Arquino, 19, que já havia sido preso e solto por falta de provas. O primeiro foi preso em São Paulo, onde estuda.
O médico endocrinologista Wagner Rodrigo Brida Gonçalves, 29, e o empresário José Emmanuel Volpon Diogo, 44, estão foragidos.
Foram cumpridos ainda, simultaneamente, 21 mandados de busca e apreensão em Catanduva, São José do Rio Preto, Bauru e São Paulo. Entre o material apreendido estão fitas de vídeo, fotografias, CDs, DVDs e computadores. O material será analisado em perícia, mas segundo o promotor, há indícios de pornografia infantil.
"Numa análise preliminar, podemos dizer que o que apreendemos fez aumentar nossa credibilidade nas palavras das crianças", afirmou Santa Terra. A operação, realizada na manhã de ontem, contou com 23 promotores e 46 policiais, militares e civis.
Toda a operação, batizada de "Fênix", foi feita em acordo com a CPI da Pedofilia, presidida pelo senador Magno Malta (PR-ES). Na próxima semana, membros da comissão farão audiência em Catanduva.
Os advogados dos presos e do empresário não foram localizados. Em suas casas, ninguém quis falar. O advogado José Luís Oliveira Lima, que defende o médico, disse que seu cliente não deve se apresentar à polícia e que tentará anular a prisão com um habeas corpus.
Cerca de 40 crianças foram listadas como vítimas do suposto esquema de pedofilia.


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