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Contratos fraudados superam R$ 500 mil
Valores foram descobertos em depoimentos de presos na Operação Cartas Marcadas, em Bebedouro
HÉLIA ARAUJO
DA FOLHA RIBEIRÃO
O valor das licitações de
obras fraudadas por uma quadrilha de empresários e funcionários da Prefeitura de Bebedouro ultrapassa os R$ 500 mil,
segundo o Ministério Público.
A Promotoria informou que
os valores de pelo menos cinco
licitações variam entre R$ 32
mil e R$ 149 mil, mas muitas
outras podem ter feito parte do
esquema que direcionava as
empresas ganhadoras.
As informações foram descobertas nos depoimentos dos 15
presos na Operação Cartas
Marcadas. Todos os envolvidos
foram presos, ouvidos e liberados -entre eles cinco funcionários da prefeitura.
O prefeito João Batista Bianchini (PV), o Italiano, disse não
saber se os funcionários investigados voltariam aos cargos.
Italiano não foi investigado durante a operação, mas a polícia
não descarta sua participação
no esquema de fraudes.
Segundo a Promotoria, o grupo de empresários combinava
com antecedência qual seria a
empresa vencedora das licitações. Para isso, o sistema dependia da participação de funcionários públicos.
O Ministério Público diz que
o principal responsável pelo
acerto era o presidente a Comissão Municipal de Licitações
Gelson Ginetti, que combinava
com os empresários da construção civil quais seriam as firmas convidadas.
Ginetti e os outros quatro
funcionários da prefeitura receberiam uma porcentagem
em cima de cada licitação direcionada- os valores desviados
não foram revelados.
As investigações também
mostram que a Construtora
Barbosa, criada em fevereiro de
2009 pelo professor Roberto
César Barbosa e sem nunca ter
atuado no ramo da construção
civil, em poucos meses já era
vencedora de várias licitações.
Os contratos para a execução
das obras variavam entre R$ 32
mil e R$ 149 mil.
Já a DLR Construtora foi
aberta pelo mestre de obras
Dorival Hernandes Júnior em
março do ano passado, e, em seguida, venceu a licitação para
realizar obras no Cemitério
Municipal São João Batista, no
valor de R$ 149 mil.
O promotor Leonardo Leonel Romanelli afirmou que as
investigações continuam. Ontem, a Folha não conseguiu ouvir os envolvidos no caso.
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