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Região passa por lotação de leitos de emergência
Faltam vagas para atender casos de acidentados e politraumatizados
Unidade de Emergência do HC tem a situação mais crítica e passa por um acompanhamento
do Ministério Público
JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO
Os hospitais da região de
Ribeirão Preto que atendem
casos de acidentados e politraumatizados estão sem vagas e recebendo pacientes
além da capacidade.
A situação mais crítica é a
da Unidade de Emergência
do HC (Hospital das Clínicas)
de Ribeirão, que tem sido
acompanhada até por visitas
do Ministério Público.
A unidade possui apenas
quatro leitos para traumas,
mas é comum estar lotada
com 11 pacientes ou mais, segundo o promotor Sebastião
Sérgio da Silveira e médicos
ouvidos pela Folha.
Também é crítica a lotação
para casos de politraumatismo nos hospitais da região
que são referência, como Sertãozinho e Batatais. O problema começou a se agravar há
dois meses.
"Nossa situação aqui é extremamente precária. O fato
é que a situação saiu do controle", disse Silveira. O diagnóstico é que houve um aumento anormal de acidentes
de trânsito.
Diante da lotação, representantes da Promotoria, do
HC, do governo estadual e da
Secretaria da Saúde de Ribeirão têm feito reuniões para
encontrar meios de transferir
pacientes para unidades menos lotadas.
Uma das estratégias é
transferir alguns casos para
cirurgias no Hospital Estadual, mas a barreira é que a
unidade não tem estrutura
para intervenções de alta
complexidade.
Outra opção, ainda em discussão, é a de transferir pacientes já operados e que
ocupam leitos, mas que só
precisam de cuidados paliativos, para o hospital de
Américo Brasiliense, recém-assumido pelo HC.
Também se espera que o
Hospital de Serrana volte a
funcionar neste ano para
atender casos de ortopedia.
AMBULÂNCIAS
Outra reclamação é a demora de ambulâncias para
transferir pacientes da unidade de emergência para o
Hospital Estadual. Segundo
o promotor, é necessário aumentar o número de ambulâncias do Samu, administrado pela prefeitura.
O secretário da Saúde, Stenio Miranda, contesta a necessidade. Diz que a cidade
possui uma UTI móvel e outras 12 ambulâncias básicas,
acima do que era necessário.
A assessoria de imprensa
da Secretaria de Estado da
Saúde confirmou que houve
aumento no volume de urgência no HC. Disse ainda
que o Hospital de Serrana,
que atenderá urgências, está
em licitação para compra de
equipamentos e deve funcionar até o fim do ano.
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