Ribeirão Preto, Terça-feira, 12 de Outubro de 2010

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Região passa por lotação de leitos de emergência

Faltam vagas para atender casos de acidentados e politraumatizados

Unidade de Emergência do HC tem a situação mais crítica e passa por um acompanhamento do Ministério Público

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Os hospitais da região de Ribeirão Preto que atendem casos de acidentados e politraumatizados estão sem vagas e recebendo pacientes além da capacidade.
A situação mais crítica é a da Unidade de Emergência do HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão, que tem sido acompanhada até por visitas do Ministério Público.
A unidade possui apenas quatro leitos para traumas, mas é comum estar lotada com 11 pacientes ou mais, segundo o promotor Sebastião Sérgio da Silveira e médicos ouvidos pela Folha.
Também é crítica a lotação para casos de politraumatismo nos hospitais da região que são referência, como Sertãozinho e Batatais. O problema começou a se agravar há dois meses.
"Nossa situação aqui é extremamente precária. O fato é que a situação saiu do controle", disse Silveira. O diagnóstico é que houve um aumento anormal de acidentes de trânsito.
Diante da lotação, representantes da Promotoria, do HC, do governo estadual e da Secretaria da Saúde de Ribeirão têm feito reuniões para encontrar meios de transferir pacientes para unidades menos lotadas.
Uma das estratégias é transferir alguns casos para cirurgias no Hospital Estadual, mas a barreira é que a unidade não tem estrutura para intervenções de alta complexidade.
Outra opção, ainda em discussão, é a de transferir pacientes já operados e que ocupam leitos, mas que só precisam de cuidados paliativos, para o hospital de Américo Brasiliense, recém-assumido pelo HC.
Também se espera que o Hospital de Serrana volte a funcionar neste ano para atender casos de ortopedia.

AMBULÂNCIAS
Outra reclamação é a demora de ambulâncias para transferir pacientes da unidade de emergência para o Hospital Estadual. Segundo o promotor, é necessário aumentar o número de ambulâncias do Samu, administrado pela prefeitura.
O secretário da Saúde, Stenio Miranda, contesta a necessidade. Diz que a cidade possui uma UTI móvel e outras 12 ambulâncias básicas, acima do que era necessário.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde confirmou que houve aumento no volume de urgência no HC. Disse ainda que o Hospital de Serrana, que atenderá urgências, está em licitação para compra de equipamentos e deve funcionar até o fim do ano.


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